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Musharraf ganha liberdade de movimento no Paquistão

O ex-presidente paquistanês Pervez Musharraf, que se encontrava em prisão domiciliar desde abril, obteve liberdade de movimento após pagar uma fiança

Pervez Musharraf, ex-presidente paquistanês: Musharraf foi acusado formalmente de conspiração para assassinar a ex-primeira-ministra Benazir Bhuto (Mohammad Abu Omar/Files/Reuters)

Pervez Musharraf, ex-presidente paquistanês: Musharraf foi acusado formalmente de conspiração para assassinar a ex-primeira-ministra Benazir Bhuto (Mohammad Abu Omar/Files/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 7 de novembro de 2013 às 08h33.

Islamabad - O ex-presidente paquistanês Pervez Musharraf, que governou o país entre 1999 e 2008 e que se encontrava em prisão domiciliar desde abril, obteve liberdade de movimento após pagar uma fiança nesta quinta-feira, informou a imprensa local.

Segundo o canal privado "Dawn", um juiz de um tribunal de Islamabad assinou a ordem de liberdade nesta manhã, depois que emissários do ex-presidente golpista pagassem como fiança um valor de 200 mil rúpias (cerca de US$ 2 mil).

A liberdade de movimento sob o pagamento de fiança já tinha sido concedida na última segunda-feira por essa corte. Esse é o último dos casos abertos contra Musharraf que o mantinha preso, relativo à morte de um líder islamita em uma operação militar na Mesquita Vermelha de Islamabad em 2007.

Agora, uma vez que encerrados os trâmites burocráticos, o ex-mandatário poderá voltar a se movimentar livremente mais de meio ano depois.

Após a confirmação da notícia, os seguidores da Liga Muçulmana de Todo o Paquistão (APML na sigla em inglês) se concentraram em frente à residência do ex-presidente golpista, uma mansão situada nos arredores da capital paquistanesa.

Um dos advogados do ex-chefe do Exército, Ahmed Raza Kasuri, disse hoje à imprensa que Musharraf deverá ir em breve a Dubai para visitar sua mãe, embora tenha assegurado que sua intenção é permanecer no Paquistão para resolver todos os assuntos pendentes com a Justiça. No entanto, Musharraf continua proibido de deixar o país.

O ex-militar tem diversos julgamentos abertos, todos relativos a sua época à frente do país, mas seus advogados conseguiram que os diversos tribunais se inclinassem a favor da liberdade condicional em todos eles.

Uma das causas obedece à decisão de seu governo de impor o estado de emergência e prender dezenas de juízes em 2007, e outra a sua suposta responsabilidade na morte do líder nacionalista baluchi Nawab Akbar Bugti em 2006.

Além disso, no último mês de agosto, Musharraf foi acusado formalmente de conspiração para assassinar a ex-primeira-ministra Benazir Bhuto, morta em um atentado em 2007 que nunca foi esclarecido.

O cerco judicial ao ex-general começou pouco antes das eleições gerais de maio passado - em abril foi detido -, das quais não pôde concorrer por ter sido desqualificado pelos tribunais eleitorais.

Musharraf, o único dos quatro ditadores militares do Paquistão que foi acusado formalmente em um tribunal e detido, tinha retornado semanas antes ao Paquistão após um autoexílio de quatro anos.

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