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Museu do 11 de Setembro vai ser inaugurado em NY

Memorial será aberto nesta semana para familiares das vítimas e na semana que vem para o público

Homem em uma exibição do museu que relembra os ataques de 11 de Setembro de 2001, durante a sua apresentação para a imprensa (Shannon Stapleton/Reuters)

Homem em uma exibição do museu que relembra os ataques de 11 de Setembro de 2001, durante a sua apresentação para a imprensa (Shannon Stapleton/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 14 de maio de 2014 às 19h14.

Nova York - Um museu que relembra os ataques de 11 de Setembro de 2001 será aberto nesta semana para familiares das vítimas e na semana que vem para o público, exibindo desde artefatos das colunas retorcidas, que lembram a enormidade do dia fatídico, até óculos estilhaçados, que lembram dores pessoais.

Para ver as peças em exibição, os visitantes do Museu Memorial Nacional do 11 de Setembro, no centro de Manhattan, descem vários andares abaixo do nível da rua e são recebidos por uma parede de contenção do Rio Hudson que sobreviveu aos ataques e uma coluna rabiscada com números de policiais e bombeiros que não tiveram a mesma sorte.

O museu é a conclusão de oito anos de trabalho planejando as exposições, coletando artefatos e resolvendo inúmeras desavenças sobre como documentar melhor o dia no qual aviões sequestrados atingiram as torres gêmeas do World Trade Center, o Pentágono e um campo aberto próximo de Shanksville, na Pensilvânia, matando quase 3.000 pessoas.

Desentendimentos a respeito da supervisão e do financiamento atrasaram a construção, mesmo com a reconstrução do novo e maior World Trade Center em andamento.

Em outubro de 2012, os níveis inferiores do museu foram inundados pela tempestade Sandy.

“O museu é um lugar onde você pode vir para entender o 11 de Setembro através das vidas daqueles que foram mortos e daqueles que correram até aqui para ajudar”, disse o ex-prefeito Michael Bloomberg ao apresentar o museu à imprensa nesta quarta-feira.

Entre as peças mais comoventes está um caminhão dos bombeiros terrivelmente danificado pelo desmoronamento das torres gêmeas, disse ele.

“Tudo que eu pude pensar foi ‘Pergunto-me o que aconteceu com os bombeiros que estavam de plantão naquele, dia naquele caminhão, e se sobreviveram, e se não, quais foram seus últimos pensamentos’”, declarou.

O museu pretende transmitir os eventos e emoções do 11 de Setembro usando áudios, como as mensagens de telefone deixadas aos seus familiares por aqueles que morreriam nas torres e gravações das cabines dos aviões.

Cerca de 35.000 pessoas intimamente envolvidas na criação do museu, incluindo parentes das vítimas, farão uma primeira visita na próxima semana. As portas serão abertas ao público no dia 21 de maio.

“É incrível, e vai acabar afetando pessoas diferentes de maneiras diferentes, dependendo das suas experiências”, disse Joel Shapiro, cuja mulher, Sareve Dukat, morreu na Torre Sul.

Shapiro planeja ser um docente no museu, que buscou a contribuição de curadores, educadores, arquitetos, conservacionistas, familiares, sobreviventes, socorristas, moradores da região, empresários e outros.

Uma polêmica recente envolveu a transferência dos restos mortais não identificados para o museu. Alguns familiares disseram ser errado conservá-los no que é essencialmente um ponto turístico.

“Parte do drama atual do local é que você tem 3.000 famílias e elas não concordam umas com as outras”, disse Richard Hankin, diretor do documentário "16 Acres", que acompanhou o contencioso processo de reconstrução.

Mais da metade dos 700 milhões de dólares necessários para construir o museu memorial foram obtidos de fontes particulares, e cerca de 250 milhões de dólares de um fundo federal para desastres.

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