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Mundo vive maior crise humanitária desde 1945, alerta ONU

A ONU avisou que 20 milhões de pessoas já estão na situação crítica de fome ou correm risco de entrar nela nos próximos seis meses

 (Siegfried Modola/Reuters)

(Siegfried Modola/Reuters)

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EFE

Publicado em 10 de março de 2017 às 21h57.

Nações Unidas - O mundo vive atualmente a maior crise humanitária desde 1945, alertou nesta sexta-feira a ONU, que voltou a enfatizar o risco de crise de fome vivido por cerca de 20 milhões de pessoas em quatro países.

"Estamos em um momento crítico da história. Já no começo do ano, enfrentamos a maior crise humanitária desde a criação das Nações Unidas", disse ao Conselho de Segurança o chefe humanitário da organização, Stephen O'Brien.

A situação, que já era considerada grave, se soma a uma possível crise de fome em quatro países - Sudão do Sul Somália, Iêmen e o nordeste da Nigéria.

Já em fevereiro, a ONU avisou que 20 milhões de pessoas já estão na situação crítica ou correm risco de entrar nela nos próximos seis meses.

A ONU só utiliza o termo crise de fome quando determinada região apresenta certos níveis de mortalidade, desnutrição e fome, situações extremas e muito pouco frequentes, com apenas cerca de dez casos registrados nas últimas três décadas.

"Sem um esforço global coletivo e coordenado, as pessoas simplesmente morrerão de fome", afirmou O'Brien, que informou ao Conselho de Segurança sobre suas recentes visitas ao Iêmen, ao Sudão do Sul e à Somália para avaliar a situação humanitária.

O representante da ONU disse que é necessária uma "injeção imediata de fundos" para atender os necessitados nesses três países e o nordeste da Nigéria.

"Para ser exato, precisamos de US$ 4,4 bilhões para julho e esse é um custo detalhado, não um número para negociar", afirmou.

Em fevereiro, a ONU tinha afirmado que era fundamental reunir essa quantia antes do fim de março.

Fontes da ONU disseram à Agência Efe que as diferentes datas respondem à dificuldade de determinar o prazo exato no qual são necessários esses US$ 4,4 bilhões, e a realidade se aproxima cada vez mais do cenário indicado hoje por O'Brien.

O dinheiro, ressaltou o representante da ONU, é muito urgente para poder responder a essas crises.

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