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Mundo tem recorde de 114 milhões de deslocados, diz ONU

As principais causas do deslocamento forçado de pessoas no primeiro semestre de 2023 foram os conflitos na Ucrânia, Sudão, Mianmar e na República Democrática do Congo

ONU: agência estima, em seu relatório que recolhe dados do primeiro semestre de 2023, que a quantidade de pessoas deslocadas em meados de junho é de 110 milhões (AFP/AFP)

ONU: agência estima, em seu relatório que recolhe dados do primeiro semestre de 2023, que a quantidade de pessoas deslocadas em meados de junho é de 110 milhões (AFP/AFP)

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Agência de notícias

Publicado em 25 de outubro de 2023 às 13h50.

O número de pessoas no planeta deslocadas de suas casas à força superou a marca de 114 milhões, um número recorde, anunciou a ONU nesta quarta-feira, 25.

"O número de pessoas deslocadas por guerras, perseguição, violência e violações dos direitos humanos provavelmente superou 114 milhões no fim de setembro", afirmou o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).

Uma fonte da agência confirmou à AFP que o número é recorde. As principais causas do deslocamento forçado de pessoas no primeiro semestre de 2023 foram os conflitos na Ucrânia, Sudão, Mianmar e na República Democrática do Congo, além da crise humanitária do Afeganistão e uma junção da seca, insegurança e das inundações na Somália.

Mais da metade dos deslocados foram forçados a atravessar a fronteira, indicou a ACNUR.

Por outro lado, três países – Afeganistão, Síria e Ucrânia – foram a origem de um terço dos novos deslocados.

"A atenção do mundo está focada, com razão, na catástrofe humanitária em Gaza. Mas, globalmente, os demais conflitos estão proliferando ou se intensificando, destruindo vidas inocentes e desenraizando populações", afirmou o chefe da agência da ONU, Filippo Grandi.

A agência estima, em seu relatório que recolhe dados do primeiro semestre de 2023, que a quantidade de pessoas deslocadas em meados de junho é de 110 milhões - aproximadamente 1,6 milhão a mais que o mesmo período, em 2022.

No entanto, a ACNUR informou que o número aumentou nos três meses seguintes, chegando a 114 milhões no final de setembro.

A estimativa não considera, porém, os 1,4 milhão de palestinianos deslocados, segundo a ONU, dentro da Faixa de Gaza desde 7 de outubro, quando a guerra entre Israel e o Hamas iniciou.

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