O pré-candidato republicano à Casa Branca Donald Trump (Dominick Reuter/AFP)
Da Redação
Publicado em 4 de outubro de 2015 às 14h42.
Washington - O pré-candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, disse neste domingo que o mundo seria mais seguro se não tivessem acabado as ditaduras de Muammar Kadafi, na Líbia, e Saddam Hussein, no Iraque, e que fazer algo similar com Bashar al Assad terá as mesmas consequências na Síria.
Em entrevista ao programa "Meet the Press", Trump considerou que Iraque e Líbia se tornaram um "desastre" desde que Saddam Hussein e Muammar Kadafi perderam o poder.
"Não tivesse ocorrido o que aconteceu em Benghazi, trata-se de apenas uma situação que foi terrível", disse em referência ao ataque contra a missão diplomática dos EUA na Líbia em 2012, que causou a morte de quatro americanos, entre eles o embaixador do país americano, Christopher Stevens.
"Gastamos US$ 2 trilhões no Iraque, provavelmente US$ 1 trilhão no Afeganistão. Estamos destruindo nosso país", acrescentou o multimilionário, que se opôs à Guerra do Iraque impulsionada pelo ex-presidente George W. Bush.
Trump afirmou não ser contra que o presidente russo, Vladimir Putin, intervenha na Síria para atacar o grupo jihadista Estado Islâmico (EI) e que também ajude o líder sírio a se manter no poder.
Além disso, considerou que os ataques que enfraqueceram o regime de Al Assad são os que provocaram o fluxo em massa de refugiados sírios rumo à Europa.
"Focamos na Líbia, e o que fizemos lá foi um desastre. Focamos em Saddam Hussein no Iraque, olha o que fizemos lá, um desastre. Isto (na Síria) vai dar no mesmo", concluiu.