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Mundo deve tirar lições da 1ª Guerra Mundial, diz Rússia

Em um discurso altamente simbólico e com referências a acontecimentos atuais e da História, Putin disse que a guerra de 14-18 deveria ser vista como um aviso

Autoridades russas participam em Moscou da inauguração de um monumento que marca o 100° aniversário do começo da Primeira Guerra Mundial (Mikhail Klimentyev/AFP)

Autoridades russas participam em Moscou da inauguração de um monumento que marca o 100° aniversário do começo da Primeira Guerra Mundial (Mikhail Klimentyev/AFP)

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Da Redação

Publicado em 1 de agosto de 2014 às 15h13.

Moscou - O presidente russo, Vladimir Putin, criticou nesta sexta-feira as "ambições políticas" que ameaçam a paz na Europa, em um discurso misturando passado e presente durante uma cerimônia em memória dos soldados russos mortos durante a Primeira Guerra Mundial.

Em um discurso altamente simbólico e com referências a acontecimentos atuais e da História, o homem forte do Kremlin disse que a guerra de 14-18 deveria ser vista como um aviso.

"Ela serve como um lembrete do que pode levar a agressão e o egoísmo, as ambições excessivas de chefes de Estado e elites políticas quando perdem o bom senso", declarou Putin, que inaugurou um memorial aos soldados russos mortos durante a Primeira Guerra Mundial.

Estas ambições "colocaram a Europa" em perigo, acrescentou.

"Seria bom lembrar isso hoje", disse o presidente russo, ao lado do chefe da Igreja Ortodoxa Russa, o patriarca Kirill, e de várias outras autoridades.

Putin também afirmou que a História provou várias vezes que "a falta de vontade de ouvir uns aos outros" e de respeitar os interesses de cada um sempre tiveram consequências graves.

Em um discurso pontuado de paralelismos históricos, o chefe de Estado russo disse que a Rússia sempre buscou a paz, mas que nunca hesita em repelir a agressão do exterior.

"A violência gera violência", advertiu.

Na aurora da Primeira Guerra Mundial, "a Rússia fez o seu melhor para convencer a Europa de resolver o conflito entre a Sérvia e a Áustria-Hungria de forma pacífica, sem derramamento de sangue."

"Mas a Rússia não foi ouvida e precisou correr ao auxílio de seus irmãos eslavos, defendendo-se e defendendo seus cidadãos contra a agressão estrangeira", continuou o presidente russo.

Há três meses, a Rússia e o Ocidente têm visto uma escalada dramática das tensões sobre o futuro da Ucrânia, levando a uma crise sem precedentes desde o fim da Guerra Fria

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