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Mundo celebra aproximação histórica entre Cuba e EUA

Os principais líderes do planeta celebraram a mudança de direção nas relações entre Estados Unidos e Cuba, pondo fim a meio século de tensão bilateral

A presidente Dilma Rousseff: "acredito que isso é um marco nas relações aqui da nossa região, mas, sobretudo, do mundo", afirmou (Juan Mabromata/AFP)

A presidente Dilma Rousseff: "acredito que isso é um marco nas relações aqui da nossa região, mas, sobretudo, do mundo", afirmou (Juan Mabromata/AFP)

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Da Redação

Publicado em 17 de dezembro de 2014 às 22h39.

Paraná - Os principais líderes do planeta celebraram a "histórica" mudança de direção nas relações entre Estados Unidos e Cuba, anunciada nesta quarta-feira pelo presidente americano, Barack Obama, e pelo líder cubano, Raul Castro, pondo fim a meio século de tensão bilateral.

A presidente Dilma Rousseff comemorou a normalização das relações diplomáticas, que qualificou de "marco" para a América Latina.

"Acredito que isso é um marco nas relações aqui da nossa região, mas, sobretudo, do mundo", afirmou Dilma ao cumprimentar Barack Obama e Raúl Castro pelo que chamou de "confluências de interesses", assim como o Papa Francisco, por ter sido um "grande fator de aproximação".

Segundo a presidente, o anúncio "mostra a importância das relações dentro dessa região".

O Papa Francisco, artífice da aproximação, expressou sua grande satisfação pela decisão histórica, informou a Santa Sé, que confirmou o envio de duas cartas do Papa ao presidente Raúl Castro e Barack Obama.

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse que o mundo "vive um dia histórico (...), uma vitória da moral, da ética, da lealdade e dos valores; uma vitória de Fidel (Castro), histórica do povo cubano".

Maduro comemorou também a libertação de três agentes cubanos, os quais chamou de "heróis de Cuba", que estavam presos nos Estados Unidos.

"O gesto de Obama é de valentia e necessário na história, que dá um passo sem precedentes", disse o presidente venezuelano, que se pronunciou contra o bloqueio econômico cpntra Cuba, mantido pelos EUA há 53 anos.

O presidente do Uruguai, José 'Pepe' Mujica, ex-guerrilheiro, aplaudiu a notícia, classificando-a de "histórica".

O líder colombiano, Juan Manuel Santos, elogiou a "audácia e a coragem" dos governos de Estados Unidos e Cuba, e o chanceler chileno, Heraldo Muñoz, disse que trata-se do "início do fim da Guerra Fria no hemisfério americano".

Ollanta Humala, presidente do Peru, estimou que a decisão levará a um "processo de abertura comercial que irá beneficiar a economia cubana".

O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, saudou calorosamente a decisão de Washington e Havana de normalizar suas relações e ofereceu a ajuda da ONU.

"As Nações Unidas estão prontas para ajudar esses dois países a desenvolver suas relações de boa vontade", afirmou Ban em coletiva de imprensa.

"Através dessas mudanças, tentamos criar mais oportunidades para os povos americanos e cubanos e iniciar um novo capítulo", afirmou.

O secretário-geral da Organização de Estados Americanos (OEA), o chileno José Miguel Insulza, saudou o histórico anúncio, qualificado de "passos históricos" que "abrem uma via de normalização que não tem mais volta".

Insulza pediu ao Congresso dos Estados Unidos que adote "as medidas legislativas necessárias para suspender o embargo contra Cuba, que ainda está em vigor" desde 1962.

A União Europeia (UE) saudou o histórico giro nas relações entre Estados Unidos e Cuba, "uma mudança esperada nas tensas relações" bilaterais.

"Hoje, um novo muro começou a cair", disse a chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini.

"A iniciativa de se restabelecer relações diplomáticas após mais de meio século de distanciamento e a proposta de se expandir as possibilidades de contato e de intercâmbio entre cubanos e americanos constituem um giro histórico".

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