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Mulheres trabalham 59 dias mais para ganhar como os homens

A comissária europeia da Justiça, Viviane Reding, ressalta que o "principio de um salário igual por um trabalho igual está inscrito nos tratados europeus desde 1957"


	Mulheres: o Poder Executivo europeu publicou estes dados por ocasião da Jornada Europeia da Igualdade Salarial na UE.
 (Ted Aljibe/AFP)

Mulheres: o Poder Executivo europeu publicou estes dados por ocasião da Jornada Europeia da Igualdade Salarial na UE. (Ted Aljibe/AFP)

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Da Redação

Publicado em 27 de fevereiro de 2013 às 15h46.

Bruxelas - As mulheres recebem em média 16,2% menos do que os homens na União Europeia, o que faz com que tenham que trabalhar 59 dias mais do que eles para ganhar o mesmo salário, segundo dados publicados nesta quarta-feira pela Comissão Europeia.

O Poder Executivo europeu publicou estes dados por ocasião da Jornada Europeia da Igualdade Salarial na UE, o que "nos recorda as desigualdades salariais que afetam as mulheres na União Europeia", declarou a comissária europeia da Justiça, Viviane Reding.

Reding ressalta que o "principio de um salário igual por um trabalho igual está inscrito nos tratados europeus desde 1957".

A Comissão ressalta que houve uma pequena redução da desigualdade salarial entre os dois sexos. Nos anos anteriores, a diferença era de 17%.

Isto se deve mais a crise econômica, que afetou alguns setores onde os homens são majoritários como a construção civil, e não tanto por uma melhora da remuneração feminina.

A Comissão, que promove as boas práticas em matéria de igualdade salarial, destaca algumas iniciativas como a do grupo alemão de imprensa Alex Springer, iniciada em 2010 e que determinou uma cota para que 30% dos cargos de responsabilidade do grupo sejam ocupados por mulheres em até 10 anos.

Em 21 de março será realizado em Bruxelas um "business forum" para que cerca de 150 empresas privadas possam trocar experiências neste sentido.

A Comissão também prepara um relatório, que deve ser adotado na segunda metade de 2013, para analisar a execução da diretiva de 2006 sobre a igualdade de tratamento entre homens e mulheres em termos de emprego e trabalho.

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