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Mulheres jovens são novo alvo de propaganda para o EI, diz Europol

"Propaganda está centrada em mulheres de 16 a 25 anos, grupo que tem acesso às redes sociais", disse o diretor do Centro Europeu de Luta contra o Terrorismo

Estado Islâmico: agência europeia de cooperação policial publicou um retrato falado das mulheres que o EI quer recrutar (Morukc Umnaber/picture alliance/Getty Images)

Estado Islâmico: agência europeia de cooperação policial publicou um retrato falado das mulheres que o EI quer recrutar (Morukc Umnaber/picture alliance/Getty Images)

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AFP

Publicado em 14 de junho de 2019 às 19h15.

O extremismo islâmico atualmente dá mais importância ao papel das jovens em sua luta jihadista e por isso elas se tornaram o alvo principal de propaganda do Estado Islâmico (EI), declarou a Europol nesta sexta-feira (14).

A agência europeia de cooperação policial publicou um retrato falado das mulheres que o EI quer recrutar, após a queda do reduto do grupo em março.

"Falamos em particular das 'millenials'", declarou Manuel Navarette, diretor do Centro Europeu de Luta contra o Terrorismo, em alusão às jovens nascidas por volta do ano 2000.

"A propaganda do EI está centrada nas mulheres de 16 a 25 anos, um grupo mais vulnerável diante destas atividades e que tem acesso às redes sociais. O Estado Islâmico se adaptou a este novo objetivo", disse.

O papel dessas novas recrutas é mais "ofensivo" do que "defensivo" como já ocorria com os grupos extremistas antes do aparecimento do EI.

As mulheres adquiriram um papel mais ativo, sem abandonar a responsabilidade de ocupar do lar, dos filhos e de seus maridos, diz o informe.

Após a queda, em março, do "califado" do EI, o grupo seguiu ativo em vários países do Oriente Médio, África e Ásia, e continua presente na Internet.

"A preocupação é que esta maior implicação das mulheres pode abrir a via para mudanças potencialmente maiores", destaca o informe, que menciona em particular o aumento das detenções de mulheres "vinculadas a atividades terroristas".

A comunidade internacional enfrenta o desafio de repatriar 4.000 mulheres e 8.000 filhos de combatentes capturados ou mortos na Síria ou no Iraque.

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