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Mulheres israelenses correm para comprar armas depois de 7 de outubro

Desde o início da guerra, 42.000 mulheres solicitaram uma licença para uso e compra de armas, e 18.000 pedidos foram aceitos

Mulheres israelenses se armam para autodefesa após ataques do Hamas e aumento da insegurança (MENAHEM KAHANA/AFP)

Mulheres israelenses se armam para autodefesa após ataques do Hamas e aumento da insegurança (MENAHEM KAHANA/AFP)

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Agência de notícias

Publicado em 22 de junho de 2024 às 13h10.

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Desde o ataque do movimento islamista palestino Hamas em 7 de outubro de 2023, um sentimento de insegurança e a necessidade de autodefesa levaram muitas mulheres israelenses a se armar. Este movimento é apoiado pelo governo, mas criticado por grupos feministas.

Até aquela data, cerca de 5.000 mulheres israelenses possuíam uma autorização de porte de arma de fogo, segundo o Ministério de Segurança Nacional. Desde o início da guerra, 42.000 mulheres solicitaram uma licença, e 18.000 pedidos foram aceitos. Mais de 15.000 civis possuem uma arma de fogo atualmente, e 10.000 estão realizando o treinamento requerido.

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Mudança de percepção

Limor Gonen, professora de Ciência Política, é uma dessas mulheres. Nunca havia pensado em comprar uma arma, mas, desde 7 de outubro, sentiu a necessidade de se defender. "Todos estávamos na mira e não quero que voltem a me pegar desprevenida", explica Gonen após uma aula sobre armas na colônia israelense de Ariel, na Cisjordânia ocupada.

Estatísticas de conflito

O ataque do Hamas em 7 de outubro no sul de Israel resultou em 1.194 mortos, a maioria civis. Em resposta, Israel lançou uma ofensiva militar na Faixa de Gaza, que até agora resultou em mais de 37.500 mortes, principalmente de civis palestinos, segundo o Ministério da Saúde do território palestino.

Política de armas do governo

Desde que assumiu o Ministério de Segurança Nacional, Itamar Ben Gvir reformou o serviço de armas de fogo para facilitar a obtenção de permissões de posse de armas. Em março, Ben Gvir anunciou que mais de 100.000 civis possuíam armas.

Críticas de ONGs feministas

A ONG Gun Free Kitchen Tables, fundada por ativistas feministas em 2010, critica essa corrida às armas, afirmando que aumenta a violência e os assassinatos contra mulheres. "Já passou da hora de o Estado entender que a segurança das pessoas é sua responsabilidade", acrescenta a porta-voz da organização.

Testemunhos de mulheres armadas

Yahel Reznik, de 24 anos, afirma sentir-se "muito mais segura" após adquirir uma arma e treinar para se defender em caso de ataque. Corine Nissim, professora de inglês de Netanya, nunca sai sem sua pistola desde 7 de outubro. "A única pessoa em que posso confiar sou eu mesma", diz Nissim.

Conflitos recentes na Cisjordânia

Desde 7 de outubro, 549 palestinos morreram na Cisjordânia, ocupada por Israel desde 1967, pelas mãos de soldados ou colonos israelenses. Em contrapartida, 14 israelenses foram mortos em ataques ou atentados palestinos, segundo dados oficiais.

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