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Mulheres e coletivos LGBT protestam em Londres contra visita de Trump

Os organizadores espera que 50 mil pessoas participem do ato contra as políticas e os comentários machistas e homofóbicos de Trump

Os protestos acontecem durante a primeira visita oficial de Trump ao Reino Unido (Simon Dawson/Reuters)

Os protestos acontecem durante a primeira visita oficial de Trump ao Reino Unido (Simon Dawson/Reuters)

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EFE

Publicado em 13 de julho de 2018 às 10h23.

Última atualização em 13 de julho de 2018 às 10h30.

Londres - As mulheres e os coletivos LGBT reuniram nesta sexta-feira milhares de manifestantes que protestaram em Londres contra a visita oficial ao Reino Unido do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

A plataforma Women's March London organizou a primeira das mobilizações convocadas neste dia na Regent's Street, no centro da capital britânica, e que terminará na praça do Parlamento, onde será lido um manifesto.

A organização convocante prevê a participação de até 50 mil pessoas neste ato contra as políticas e os comentários "machistas" e "homofóbicos" de Trump.

As forças da ordem esperam que, entre todas as convocações da cidade de Londres, cheguem a se concentrar até 100 mil pessoas.

Para a americana Sarah Cain, que vive no Reino Unido há 11 anos e que foi uma das primeiras presentes ao protesto, a visita de Trump "é aceitar como normal seu comportamento e não acredito que isso seja aceitável", afirmou.

"Queremos alçar a nossa voz de amor, positivismo e liberdade mais forte do que sua intolerância, ira e comportamento pueril", declarou à Agência Efe.

Outra das presentes, Eli Parmar - estabelecida em Londres, mas originária de Essex (leste da Inglaterra) -, afirmou à Efe que comparecia à manifestação porque é "contra tudo o que (Trump) representa".

 

 

Manifestantes protestam contra visita de Trump ao Reino Unido

 

"Contra separar as crianças de suas famílias, contra fechar as fronteiras, contra a transfobia, contra destruir o planeta", enumerou, afirmando que não queria que o Reino Unido acabasse como o país americano em um cenário depois do "brexit".

Ruth Hunt, diretora-executiva da organização Stonewall - que luta pelos direitos LGBT -, explicou à Efe que o protesto é necessário para assegurar que "o resfriado que percorre a América, não faça o Reino Unido pegar uma gripe".

"Uma das primeiras coisas que fez (após ser eleito) foi dizer que os transexuais não podiam servir no Exército. Nós sabemos que quando se começa a atacar os direitos LGBT, o resto das comunidades também serão vítimas, por isso que temos o dever de nos juntar e protestar", garantiu.

Outra manifestante Nadia Bashara, que se deslocou desde o norte de Londres para o protesto, indicou à Efe que a reunião é importante para "mostrar a nossos líderes que queremos um diálogo distinto para o século XXI".

"Ele não é o suficientemente bom para o momento presente, nós merecemos mais e o planeta merece mais", asseverou.

A manifestação é uma das múltiplas convocadas contra o presidente americano, que chegou ontem ao Reino Unido e hoje se reúne com a primeira-ministra britânica, Theresa May, e, posteriormente, com a rainha Elizabeth II no Castelo de Windsor, nos arredores de Londres.

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