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Mulheres da Tunísia marcham por direitos iguais de herança

O país muçulmano do norte da África concede mais direitos às mulheres do que outros países da região

Protesto: "Apenas queremos nossos direitos" (Zoubeir Souissi/Reuters)

Protesto: "Apenas queremos nossos direitos" (Zoubeir Souissi/Reuters)

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Reuters

Publicado em 10 de março de 2018 às 15h59.

Túnis - Centenas de mulheres foram às ruas da capital da Tunísia, neste sábado, exigindo direitos de herança iguais aos dos homens, um assunto muitas vezes visto como tabu no mundo árabe.

O país muçulmano do norte da África concede mais direitos às mulheres do que outros países da região, e desde o ano passado permite que mulheres muçulmanas se casem com homens de outras religiões.

Mas as manifestantes que marcharam rumo ao Parlamento, em Túnis, neste sábado, disseram que querem ser equiparadas às mulheres europeias e deter o mesmo direito à herança.

Acompanhadas de alguns homens, carregaram slogans como "em um estado civil, recebo exatamente o mesmo que você", exigindo o fim das leis de herança baseadas no islamismo. Isso geralmente concede aos homens o dobro em relação às mulheres.

"É verdade que mulheres tunisianas têm mais direitos em comparação com outras mulheres árabes, mas queremos ser comparadas com mulheres europeias", disse a ativista Kaouther Boulila.

"Apenas queremos nossos direitos".

Em agosto, o presidente Beji Caid Essbi, um político secular, estabeleceu um comitê para desenvolver propostas que avancem os direitos das mulheres.

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