Mundo

Mulher que viralizou depois de mostrar o dedo para Trump é eleita nos EUA

Em 2017, Juli Briskman mostrou o o dedo do meio ao comboio presidencial e foi demitida depois de a foto viralizar; em 2019, ela deu a volta por cima

Juli Briskman : depois de perder o emprego por gesto considerado obsceno a Trump, ela foi eleita na Virginia (The Washington Post/Getty Images)

Juli Briskman : depois de perder o emprego por gesto considerado obsceno a Trump, ela foi eleita na Virginia (The Washington Post/Getty Images)

A

AFP

Publicado em 6 de novembro de 2019 às 15h54.

São Paulo - A mulher que perdeu seu emprego em 2017 depois de ter sido flagrada em uma bicicleta mostrando o dedo do meio para o comboio no qual o presidente Donald Trump estava, foi eleita no estado da Virginia (Estados Unidos).

Juli Briskman, de 50 anos, agora ocupará uma vaga no conselho de supervisão do estado. Para tanto, ela derrotou uma concorrente republicana, Suzanne Volpe, que tentava a reeleição.

Relembre a foto que viralizou

Juli Briskman não pensou duas vezes quando mostrou o dedo médio ao presidente americano, Donald Trump, durante a passagem de seu comboio enquanto ela pedalava em uma rodovia perto de seu clube de golfe.

"Ele estava passando e meu sangue começou a ferver", disse ao HuffPost essa democrata de 50 anos, mãe de dois filhos. "Eu estava pensando 'ele está no maldito campo de golfe novamente'".

Mas o gesto obsceno, capturado em 28 de outubro pelo fotógrafo da AFP na Casa Branca Brendan Smialowski, que estava acompanhando o comboio de Trump, rapidamente se tornou viral. E agora custou o emprego desta mãe solteira.

O presidente estava a caminho do Trump National Golf Club, às margens do Rio Potomac, a cerca de 40 quilômetros a noroeste da Casa Branca.

Briskman mora nos arredores e havia saído para andar de bicicleta no sábado quando o comboio começou a passar. Smialowski, veterano de comboios da Casa Branca, disse que sempre está com a câmera pronta para disparar.

"Você nunca sabe o que vai ver. Você nunca sabe o que vai acontecer", contou. Gestos vindos de espectadores, como polegares para cima ou dedos médios, são comuns.

Nesse caso, afirmou, Briskman "parecia saber exatamente quem estava dentro daqueles veículos". Depois que o comboio a ultrapassou, ela os alcançou quando os carros pararam no sinal vermelho.

"O que tornou essa ciclista única foi a sua tenacidade. Uma vez que o comboio a ultrapassou, ela conseguiu se recuperar e mostrar seus sentimentos novamente", declarou.

A foto apenas mostra Briskman de costas, sem identificação, com seu braço para cima e o dedo médio levantado. Mas não demorou muito até que ela percebesse que era a pessoa na foto que logo rodou a televisão e a Internet. Orgulhosamente ela colocou como sua foto de perfil no Facebook e no Twitter.

Não se sabe se Trump viu o gesto, mas o fato é que ele não agradou os chefes de Briskman na empresa Akima LLC, que trabalha para o governo e militares americanos.

Três dias depois disseram a Briskman, que trabalha com marketing, que ela tinha que ir embora. "Eles disseram: 'nos desvinculamos de você'", contou Briskman ao HuffPost.

"Basicamente você não pode ter coisas 'indecentes' ou 'obscenas' nas suas redes sociais. Então eles estavam chamando aquela porcaria de 'obscena'".

 

Acompanhe tudo sobre:Donald TrumpEleições americanasEstados Unidos (EUA)

Mais de Mundo

Reino Unido pede a seus cidadãos que deixem o Líbano em voos comerciais

Qual o risco de guerra entre Líbano e Israel após as explosões de pagers?

Guarda Revolucionária do Irã promete 'resposta esmagadora' por ataques no Líbano

Biden receberá Zelensky na Casa Branca para falar sobre guerra com a Rússia