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Mulher morre após ser baleada por soldados israelenses em protesto em Gaza

O Exército de Israel afirmou ter registrado "episódios violentos ao longo do muro de segurança" e que bombardeou alvos do Hamas como resposta

Gaza: mais de 240 palestinos já morreram nas manifestações que começaram em março do ano passado (/Ibraheem Abu Mustafa/Reuters)

Gaza: mais de 240 palestinos já morreram nas manifestações que começaram em março do ano passado (/Ibraheem Abu Mustafa/Reuters)

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EFE

Publicado em 11 de janeiro de 2019 às 16h03.

Gaza - Uma mulher palestina, de 43 anos, morreu nesta sexta-feira após ser baleada pelo Exército de Israel durante um protesto realizado na Faixa de Gaza.

A tensão aumentou hoje na região da fronteira entre Gaza e Israel. Uma delegação egípcia para tentar manter a trégua firmada em novembro entre o governo de Benjamin Netanyahu e o movimento islamita palestino Hamas, que controla a área desde 2007.

O porta-voz do Ministério da Saúde da Palestina em Gaza, Ashraf al Qedra, identificou a mulher como Amal Taramsi. Segundo ele, outras 25 pessoas ficaram feridas após disparos israelenses.

O Exército de Israel informou em comunicado que registrou "episódios violentos ao longo do muro de segurança" e que atacou com bombardeios alvos do Hamas como resposta aos incidentes.

Fontes do Hamas informaram que quatro imóveis do grupo nas cidades de Gaza e Khan Younes foram destruídos hoje e que ninguém ficou ferido nos ataques realizados por Israel.

Segundo o governo de Israel, cerca de 13 mil pessoas se reuniram na fronteira da Faixa de Gaza e afirmou que alguns dos manifestantes jogaram "pedras, artefatos explosivos e granadas contra as tropas".

Um soldado ficou levemente ferido após ser atingido por uma das pedras e, em três ocasiões, de acordo com o Exército de Israel, alguns suspeitos cruzaram a cerca de segurança pelo norte da faixa.

Os incidentes violentos tinham diminuído como resultado das negociações indiretas, medidas pelo Egito, entre Hamas e Israel.

O líder do Hamas, Maher Sabra, participou do protesto de hoje e disse que Netanyahu deve deixar a Palestina se quiser segurança.

"Estaremos comprometidos com a paz enquanto a ocupação (uma referência a Israel) estiver comprometida com ela", disse Sabra.

Uma delegação egípcia está desde ontem na Faixa de Gaza para avançar nas negociações do cessar-fogo com Israel e na reconciliação com o Al Fatah, o partido do presidente palestino, Mahmoud Abbas.

Os diálogos de paz estão há anos estancados entre as partes.

Hamas retomou a administração das passagens na fronteira semanas depois da Autoridade Nacional Palestina (ANP) ter retirado seus funcionários da região, em protesto pela onda de prisões de integrantes do Al Fatah na Faixa de Gaza.

Além disso, o movimento islamita mostrou descontentamento com Israel por bloquear dinheiro vindo do Catar para pagar o salário de funcionários da organização que trabalham na região.

Desde que começaram as manifestações em março de 2018, 240 palestinos morreram em confrontos com as forças de segurança de Israel, segundo o Ministério da Saúde da Palestina.

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