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Mujica diz que tem amigos 'de todos os tipos' na Argentina

O presidente uruguaio foi criticado pela oposição pela estreita relação que mantém com o país, vizinho e sócio comercial

O presidente uruguaio ao lado da presidente brasileira, Dilma Rousseff: em contrapartida, Mujica reiterou que o Uruguai "tem que pegar uma carona com o Brasil" (Daniel Caselli/AFP)

O presidente uruguaio ao lado da presidente brasileira, Dilma Rousseff: em contrapartida, Mujica reiterou que o Uruguai "tem que pegar uma carona com o Brasil" (Daniel Caselli/AFP)

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Da Redação

Publicado em 6 de maio de 2014 às 09h04.

Montevidéu- O presidente uruguaio, José Mujica, destacou nesta segunda-feira os bons vínculos que mantém com a Argentina, afirmando que busca "cultivar boas relações com todo o mundo", embora tenha reiterado que o Uruguai "tem que pegar uma carona com o Brasil".

Em uma extensa entrevista concedida ao jornal La República, o presidente - que foi criticado pela oposição pela estreita relação que mantém com a Argentina, vizinho e sócio comercial - assegurou: "Tenho bem claro que quando a Argentina está mal, nos estamos também. E as relações ruins terminam prejudicando muito mais a nós mesmos do que a eles".

Mujica, que assumiu o poder em 2010, pôs fim a um prolongado conflito diplomático com a Argentina em torno da instalação na margem uruguaia de um rio limítrofe de uma usina de celulose da finlandesa UPM (ex-Botnia), rejeitada por ambientalistas argentinos por suposta contaminação.

"O que acontece é que há muito antijusticialismo no Uruguai, as pessoas têm direito, e pelo caminho de serem antiperonistas terminam sendo antiargentinos", acrescentou. "Eu tento cultivar boas relações com todo o mundo, estive na inauguração do Hotel Colón que era de Mauricio Macri, e eu não sei se amanhã não chega ao governo. Sou amigo de Eduardo Duhalde, que esteve na minha casa, tenho amigos de todos os tipos na Argentina e os cultivo".

O presidente defendeu "uma política de amizade e relações" porque desta forma se conquista mais que através dos confrontos "e porque os países não se mudam".

"Hoje eu tenho claro que o Uruguai precisa pegar carona com o Brasil porque será uma superpotência das que cortam o bacalhau grosso no mundo", concluiu.

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