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Vencedor do prêmio Nobel da Paz chega a Bangladesh na quinta para liderar governo interino

Muhammad Yunus assume após presidente do país dissolver o Parlamento por causa da renúncia da primeira-ministra que ocupou o cargo por 15 anos

Ativistas culturais e membros da sociedade civil seguram cartazes retratando a primeira-ministra de Bangladesh, Sheikh Hasina, enquanto encenam uma marcha musical pelas vítimas que foram mortas durante os recentes protestos estudantis nacionais sobre cotas em empregos públicos, em Dhaka, em 30 de julho de 2024. O governo de Bangladesh convocou um dia de luto em 30 de julho pelas vítimas de violência em distúrbios nacionais, mas os estudantes denunciaram o gesto como desrespeitoso aos colegas de classe mortos durante confrontos com a polícia neste mês (Munir UZ ZAMAN /AFP)

Ativistas culturais e membros da sociedade civil seguram cartazes retratando a primeira-ministra de Bangladesh, Sheikh Hasina, enquanto encenam uma marcha musical pelas vítimas que foram mortas durante os recentes protestos estudantis nacionais sobre cotas em empregos públicos, em Dhaka, em 30 de julho de 2024. O governo de Bangladesh convocou um dia de luto em 30 de julho pelas vítimas de violência em distúrbios nacionais, mas os estudantes denunciaram o gesto como desrespeitoso aos colegas de classe mortos durante confrontos com a polícia neste mês (Munir UZ ZAMAN /AFP)

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 7 de agosto de 2024 às 09h15.

Última atualização em 7 de agosto de 2024 às 10h01.

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O economista e vencedor do Prêmio Nobel da Paz Muhammad Yunus, que liderará o governo interino de Bangladesh, chegará ao país asiático amanhã às 14h10 (horário local, 5h10 de Brasília), segundo informou o Yunus Centre nesta quarta-feira em comunicado.

A expectativa é que Yunus aterrisse no Aeroporto Internacional Hazrat Shahjalal, na capital Daca, em um voo comercial operado pela Emirates Airlines a partir de Dubai.

O presidente de Bangladesh, Mohammed Shahabuddin, concordou na terça-feira em nomear Yunus, de 84 anos, como conselheiro sênior do governo interino, depois que os líderes dos protestos antigovernamentais que derrubaram a ex-primeira-ministra Sheikh Hasina propuseram sua candidatura.

O próximo líder do Executivo provisório de Bangladesh estava em Paris quando foi proposto pelos líderes estudantis para chefiar o próximo governo do país asiático.

Yunus, conhecido como o “banqueiro dos pobres”, recebeu o Nobel da Paz em 2006 por fundar e conceber o Grameen Bank para combater a pobreza em Bangladesh, desenvolvendo o conceito de microcrédito, no qual os empréstimos são concedidos a pessoas com recursos escassos que normalmente serão rejeitados pelo sistema financeiro.

Em 2007, Yunus tentou fundar seu próprio partido para superar a polarização entre as duas maiores legendas do país asiático, a Liga Awami de Hasina e o Partido Nacional de Bangladesh (BNP).

Em 2010, o vencedor do Nobel e o Grupo Grameen começaram a enfrentar críticas ao seu sistema de microcrédito, e o governo de Hasina lançou então uma investigação contra ambos.

Yunus foi condenado a seis meses de prisão por um tribunal de Bangladesh no último mês de janeiro por violações da legislação trabalhista.

Seu governo interino terá como prioridade restabelecer a situação da lei e da ordem nas ruas, depois dos protestos que começaram há um mês para reivindicar o cancelamento de um sistema de cotas para empregos públicos e terminaram exigindo a destituição de Hasina após a brutal repressão das manifestações, nas quais mais de 400 pessoas morreram.

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