Mundo

Mugabe preside ato em 1ª aparição pública após levante militar

O presidente compareceu, sob vigilância, a um ato oficial na Universidade Aberta do Zimbábue, na capital do país

Robert Mugabe: militares dizem que houve progresso nas negociações entre as duas partes (Philimon Bulawayo/Reuters)

Robert Mugabe: militares dizem que houve progresso nas negociações entre as duas partes (Philimon Bulawayo/Reuters)

E

EFE

Publicado em 17 de novembro de 2017 às 09h22.

Harare - O presidente do Zimbábue, Robert Mugabe, presidiu uma graduação em uma universidade da capital, Harare, sua primeira aparição pública depois do levante das Forças Armadas contra seu Governo, apesar de os militares manterem o controle no país.

Segundo informou o portal local "News Day", o presidente, de 93 anos, compareceu ao local sob vigilância e sem a companhia da sua esposa, Grace Mugabe.

O ministro da Educação, Jonathan Moyo, que, segundo a imprensa local, continua detido, também não apareceu para a cerimônia.

O ato oficial na Universidade Aberta do Zimbábue, na capital do país, estava programado na agenda de Mugabe com antecedência ato dos militares.

Esta manhã os militares asseguraram, através do jornal "The Herald" (um dos meios de imprensa públicos do Zimbábue, controlado pelas Forças Armadas), que houve progressos significativos para dar uma saída para a crise, graças às negociações entre as duas partes.

Concretamente, os militares afirmaram que houve avanços em seu objetivo de eliminar os "criminosos do entorno de Mugabe" e de levar alguns deles à Justiça, embora sem detalhar os nomes.

O presidente, que permanece sob prisão domiciliar, e os altos comandantes das Forças Armadas zimbabuanos tiveram ontem uma reunião na sede da Presidência, com a mediação de um sacerdote e enviados do Governo da África do Sul.

Os militares tomaram o controle do país na noite de terça-feira para quarta-feira e, em mensagem transmitida de madrugada na televisão nacional, explicaram que não se tratava de um golpe contra o presidente, mas de uma operação contra "criminosos" do seu entorno.

Acompanhe tudo sobre:ÁfricaPolíticaZimbábue

Mais de Mundo

Califórnia promete intervir se Trump eliminar incentivos fiscais a veículos elétricos

Trump diz que taxará produtos do México e Canadá assim que assumir a presidência

Mais de R$ 4,3 mil por pessoa: Margem Equatorial já aumenta pib per capita do Suriname

Nicarágua multará e fechará empresas que aplicarem sanções internacionais