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Mudança permite que 800 mil casais chineses tenham filhos

Flexibilização da lei do filho único na China já contabilizou 800 mil solicitações de casais que desejam ter um segundo filho


	Crianças chinesas: polêmica lei do filho único foi instaurada na China no final dos anos 70
 (AFP)

Crianças chinesas: polêmica lei do filho único foi instaurada na China no final dos anos 70 (AFP)

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Da Redação

Publicado em 18 de novembro de 2014 às 11h48.

Pequim - A flexibilização da política de planejamento familiar na China, conhecida como lei do filho único, já contabilizou 800 mil solicitações de casais que desejam ter um segundo filho no país, divulgou nesta terça-feira a agência "Xinhua".

Esse número era previsto pelo governo, segundo a Comissão Nacional de Saúde e Planejamento Familiar, que em setembro revelou que cerca de 20 mil casais de Pequim já tinham sido autorizados a ter um segundo descendente.

O Partido Comunista chinês (PCCh) decidiu ano passado relaxar a medida e permitir um segundo bebê às famílias nas quais um dos cônjuges fosse filho único, devido ao rápido envelhecimento populacional e à escassez de mão de obra, entre outros fatores.

Antes, esta exceção só existia se tanto o pai quanto a mãe não tivessem irmãos.

A polêmica lei do filho único foi instaurada na China no final dos anos 70 pelo PCCh com o objetivo de conter a superpopulação no país mais populoso do mundo.

A comissão encarregada do planejamento familiar no país asiático também revelou hoje o número de população migrante na China, 245 milhões de pessoas no final de 2013, mais de um sexto da população total.

Segundo o relatório a que "Xinhua" teve acesso, a idade média das pessoas que migram do campo para as cidades está aumentando e a maioria é de camponeses que se mudam para abrir pequenos negócios ou fornecer mão de obra barata com a esperança de conseguir uma vida melhor.

O documento também indicou que 62% dos filhos dos casais emigrantes acompanharam seus pais.

Os descendentes "deixados atrás" são um dos dramas sociais que a China enfrenta, indicou o relatório publicado em janeiro pelo Centro de Defesa dos Direitos do Menor e a Corporação Responsabilidade Social (CCR CSR), apoiado pela embaixada da Suécia em Pequim.

Um em cada quatro crianças na China estão nesta situação; no total, 61 milhões de menores que os pais deixaram na cidade natal a cargo de avôs, tios ou outros parentes.

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