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Mudança climática acelerou entre 2001 e 2010, afirma OMM

Essas são algumas das conclusões preliminares do "Relatório da década 2001-2010 sobre o Clima Mundial"

Nove dos anos dessa década também se situaram entre os dez mais quentes desde 1850  (NASA)

Nove dos anos dessa década também se situaram entre os dez mais quentes desde 1850 (NASA)

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Da Redação

Publicado em 23 de março de 2012 às 15h13.

Genebra - A mudança climática acelerou entre 2001 e 2010, um período caracterizado pelas chuvas fortes, temperaturas extremas e diversos fenômenos meteorológicos extraordinários, segundo a Organização Meteorológica Mundial (OMM).

Essas são algumas das conclusões preliminares do 'Relatório da década 2001-2010 sobre o Clima Mundial', que a OMM divulgou nesta sexta-feira pelo Dia Meteorológico Mundial.

Segundo o documento, elaborado a partir da análise dos dados meteorológicos de 102 países, durante esse período ocorreram enchentes em 63% dos países que participam do estudo, enquanto em 43% foram registrados problemas de seca.

Em grandes áreas do Hemisfério Norte o volume de precipitações se situou acima da média em relação aos anos anteriores, especialmente no leste dos Estados Unidos, norte e leste do Canadá, Europa e Ásia Central, Colômbia, norte e sul do Brasil, Uruguai e o norte da Argentina.

Já no oeste dos EUA, sudoeste do Canadá, Alasca, sul e oeste da Europa, sul da Ásia, América Central, África Central e a Amazônia as precipitações estiveram abaixo da média.

Quanto às temperaturas, esse período foi o mais quente desde que se dispõe de registros (1850), com máximas que ficaram em torno de 0,46 graus centígrados acima da média entre 1961 e 1990.

Nove dos anos dessa década também se situaram entre os dez mais quentes desde 1850 e para 90% dos países consultados esse foi o período com temperaturas mais elevadas.

Os fenômenos meteorológicos extremos, como enchentes, secas, ciclones e ondas de calor e de frio afetaram praticamente todas as regiões do planeta, apesar de o relatório registrar duas ondas de calor 'excepcionais' que castigaram a Europa e a Rússia nos verões de 2003 e 2010, respectivamente, e que tiveram como consequência 'milhares de mortes e incêndios'.

A diminuição da superfície do Oceano Ártico coberta por gelo - que se observa desde 1960 - continuou ocorrendo entre 2001 e 2010, e o nível histórico mais baixo de extensão de gelo sobre o Ártico foi registrado em setembro de 2007.

Em novembro foram apresentadas, por ocasião da 17ª Conferência de Mudança Climática da ONU realizada na cidade sul-africana de Durban, as primeiras observações do Relatório Anual de 2011 sobre o Estado do Clima Mundial, que hoje confirmam que o ano passado foi o 11º ano mais quente e o segundo no qual o gelo do Ártico registrou seu nível mais baixo. 

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