Mundo

Muçulmanos dos EUA minimizam corpo de Bin Laden no mar

Diretor de uma associação muçulmuna nos EUA considerou que justiça foi feita com a morte do terrorista e classificou o sepultamento no mar de "um detalhe anedótico"

"O mais importante é que esse terrorista foi eliminado" disse Nihad Awad (Getty Images)

"O mais importante é que esse terrorista foi eliminado" disse Nihad Awad (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 2 de maio de 2011 às 21h10.

Washington - A questão do destino reservado aos restos de Osama Bin Laden, que foram jogados no mar, é "um detalhe anedótico", declarou nesta segunda-feira o diretor de uma das principais associações muçulmanas americanas, após a polêmica desencadeada por outras autoridades islâmicas.

Durante uma entrevista coletiva à imprensa em Washington, Nihad Awad, diretor do Conselho para as Relações entre Americanos e Islâmicos (CAIR), declarou que "questões foram levantadas em relação ao sepultamento no mar" do líder da Al-Qaeda.

"É um detalhe anedótico", disse Awad. "O mais importante é que esse terrorista foi eliminado", acrescentou, pedindo ao governo americano que intensifique os esforços "para acabar com a guerra no Afeganistão e no Iraque".

"Justiça foi feita", comemorou.

"Osama Bin Laden nunca representou nem nossa comunidade do Islã nem os muçulmanos. Nos juntamos a nossos concidadãos para receber com satisfação o anúncio de sua eliminação como ameaça ao nosso país e ao mundo", acrescentou Awad.

"Além de ter matado milhares de americanos em 11 de setembro, ele e a Al-Qaeda mataram inúmeros muçulmanos inocentes", prosseguiu o diretor da organização.

O Islã se opõe à imersão no mar, declarou nesta segunda-feira no Cairo uma autoridade da Al-Azhar, maior instituição do Islã sunita.

Acompanhe tudo sobre:Estados Unidos (EUA)Osama bin LadenPaíses ricosPolíticosTerroristas

Mais de Mundo

Miguel Uribe, candidato presidencial colombiano, é baleado em Bogotá

Milhares de manifestantes protestam em Tel Aviv e no exterior contra a guerra em Gaza

Índia reduziu taxa de pobreza extrema de 27% para 5% em uma década, diz o Banco Mundial

Trump alerta Musk a não apoiar democratas após rompimento, e ameaça: 'consequências gravíssimas'