Mundo

Muçulmano acusado de comer carne de vaca é linchado e morre

Mohammad Akhlaq foi arrastado para fora de sua casa na noite de segunda-feira no povoado de Dadri, a 40 km de Nova Délhi, e agredido por centenas de pessoas


	Vaca sagrada vaga livre em mercado na Índia: segundo explicou Sajida, a filha da vítima, o que a família tinha em casa era carne de cordeiro, e não de vaca
 (Wikicommons / Jorge Royan)

Vaca sagrada vaga livre em mercado na Índia: segundo explicou Sajida, a filha da vítima, o que a família tinha em casa era carne de cordeiro, e não de vaca (Wikicommons / Jorge Royan)

DR

Da Redação

Publicado em 30 de setembro de 2015 às 11h57.

Um muçulmano de 50 anos foi linchado até a morte em uma localidade da Índia por rumores de que teria comido carne de vaca, algo que a religião hindu proíbe, informou a polícia, que prendeu seis pessoas envolvidas.

Mohammad Akhlaq foi arrastado para fora de sua casa na noite de segunda-feira no povoado de Dadri, a 40 km de Nova Délhi, e agredido por centenas de pessoas.

A polícia ainda conseguiu levá-lo para o hospital, mas ele não resistiu aos ferimentos.

O filho de Akhlaq, de 22 anos, também ficou muito ferido e está internado na unidade de cuidados intensivos.

Antes do linchamento, um novilho havia desaparecido do povoado. Mas, segundo explicou Sajida, a filha da vítima, falando ao The Indian Express, o que a família tinha em casa era carne de cordeiro, e não de vaca.

Matar vacas é proibido na maioria dos estados da Índia, país de maioria hindu, mas onde também vivem muçulmanos (13% da população), católicos e budistas.

Em março, o estado de Maharastra foi ainda mais longe e também proibiu a posse de carne de vaca, uma medida que, segundo as minorias religiosas, demonstra cada vez mais a influência dos extremistas hindus desde que o primeiro-ministro Narendra Modi, um nacionalista hindu, chegou ao poder.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaÍndiaMuçulmanos

Mais de Mundo

Após sofrer agressão, presidente do México cria plano para reforçar punições por abuso sexual

Autoridades portuguesas interceptam submarino com 1,7 tonelada de cocaína

Petro alerta para 'colapso climático' se EUA não descarbonizar economia

Nancy Pelosi, 1ª mulher a presidir Câmara dos EUA, anuncia aposentadoria