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Mubarak abriu mão de bens no Egito, segundo jornal

Segundo o jornal Al-Ahram, ex-ditador entregou todos os seus bens e propiedades para o governo como forma de tentar ser libertado

O ex-ditador do Egito, Hosni Mubarak, é acusado de enriquecimento ilícito (Getty Images)

O ex-ditador do Egito, Hosni Mubarak, é acusado de enriquecimento ilícito (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 17 de maio de 2011 às 14h49.

Cairo - O ex-presidente egípcio Hosni Mubarak, em prisão preventiva desde o dia 13 de abril por enriquecimento ilícito, renunciou nesta terça-feira a todos os seus bens para conseguir sua libertação, segundo o jornal estatal "Al-Ahram".

Citando fontes que não foram identificadas, a edição digital do jornal relatou que o ex-presidente assinou um documento nesta terça-feira por meio do qual cede seus bens e propriedades no Egito aos cofres públicos.

As fontes afirmaram que com esta medida o ex-presidente, que está preso no hospital de Sharm el-Sheikh depois de sofrer um ataque cardíaco há um mês, busca conseguir sua libertação.

A notícia coincide com o anúncio de que Mubarak dirigirá em breve uma mensagem à nação para pedir desculpas ao povo egípcio e renunciar publicamente aos seus bens, segundo fontes judiciais confirmaram nesta terça-feira à Agência Efe.

Ainda nesta terça-feira, a ex-primeira-dama Suzanne Zabet foi libertada após pagar uma fiança e depois de ter entregue uma parte de seus bens ao governo.

O departamento de enriquecimento ilícito do Ministério da Justiça concedeu liberdade à esposa de Mubarak depois de ter devolvido 20 milhões de libras egípcias (cerca de 3,35 milhões) e um imóvel situado no elegante bairro de Heliopolis, no Cairo.

Mubarak, cuja ordem de prisão cautelar foi prorrogada em várias ocasiões, é acusado de abuso de poder e enriquecimento ilícito, assim como de estar envolvido no ataque contra os manifestantes durante a revolução que terminou com sua renúncia à Presidência.

Os filhos de Mubarak e Suzanne, Alaa e Gamal, estão também presos preventivamente desde o dia 13 de abril na penitenciária de Tora, acusados dos mesmos crimes.

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