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MSF pede ação de nações ricas no combate ao ebola

Diretor do grupo defendeu uma "ação imediata em campo" da OMS


	Equipe médica trabalha com Médicos Sem Fronteiras para tratamento do ebola em Serra Leoa
 (Tommy Trenchard/Reuters)

Equipe médica trabalha com Médicos Sem Fronteiras para tratamento do ebola em Serra Leoa (Tommy Trenchard/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 8 de agosto de 2014 às 21h16.

Rio - Diretor de operações do grupo Médicos Sem Fronteiras (MSF), que está atuando na África Ocidental para socorrer os infectados pelo ebola, Bart Janssens afirmou nesta sexta-feira, que "declarar ebola uma emergência internacional de saúde pública mostra quão seriamente a Organização Mundial de Saúde está assumindo o surto atual, mas declarações não salvam vidas".

Ele defendeu uma "ação imediata em campo" da OMS. "Por semanas, MSF tem repetido que uma massiva resposta médica, epidemiológica e de saúde pública é desesperadamente necessária para salvar vidas e reverter o curso da epidemia. Vidas estão sendo perdidas porque a resposta é lenta demais", alertou.

Janssens conclamou nações ricas a agir imediatamente: "Países que possuem as capacidades necessárias devem enviar imediatamente os infectologistas disponíveis e kits de socorro para a região. Está claro que a epidemia não será contida sem um envolvimento massivo destes Estados."

As necessidades são amplas, segundo ele: "Em termos concretos, tudo precisa ser radicalmente ampliado: atendimento médico, treinamento de profissionais de saúde, controle de infecção, rastreamento das pessoas que tiveram contato com pessoas infectadas, vigilância epidemiológica, sistemas de alerta e referência, mobilização comunitária e educação sobre o vírus."

O MSF tem 66 profissionais estrangeiros e 610 locais trabalhando na Libéria, na Guiné e em Serra Leoa, os três países mais afetados pela epidemia de ebola. Desde março, 932 pessoas morreram, segundo a OMS.

"Todos os nossos especialistas em ebola estão mobilizados, nós simplesmente não podemos fazer mais", declarou Janssens. Nas últimas semanas, equipes observaram "um preocupante pico na epidemia", com aumento no número de casos em Serra Leoa e na Libéria.

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