Mundo

MP pede embargo de US$ 4,6mi declarados da filha de Kirchner

De acordo com fontes judiciais, o procurador suspeita de que a quantia é produto de movimentações financeiras


	Cristina Kirchner: de acordo com fontes judiciais, o procurador suspeita de que a quantia é produto de movimentações financeiras
 (Juan Mabromata/AFP)

Cristina Kirchner: de acordo com fontes judiciais, o procurador suspeita de que a quantia é produto de movimentações financeiras (Juan Mabromata/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 15 de julho de 2016 às 18h18.

A Justiça argentina abriu cofres bancários da filha da ex-presidente Cristina Kirchner e encontrou exatamente a quantia declarada de 4,6 milhões de dólares. O procurador pediu nesta sexta-feira (15), porém, um embargo preventivo para investigar a origem desse dinheiro.

O procurador Gerardo Pollicita solicitou ao juiz Julián Ercolini que embargue os 4.664.000 dólares encontrados em cofres de um banco privado em Buenos Aires. De acordo com fontes judiciais, Pollicita suspeita de que a quantia é produto de movimentações financeiras.

O advogado da família Kirchner, Carlos Beraldi, informou à imprensa que denunciará o juiz Julián Ercolini por ter divulgado imagens do procedimento feito nos cofres de segurança do banco.

"Não se cumpriu a devida reserva que estabelecem as normas processuais. Na ação, foi constatada - na presença de funcionários do tribunal e do Ministério Público - que a quantia verificada é exatamente a mesma que foi informada ao juiz", disse Beraldi.

O procedimento foi realizado pouco antes da meia-noite de quinta-feira. A imprensa divulgou imagens dos cofres de segurança, que ficam em um setor bancário que sempre rigidamente reservado e fortemente protegido.

A investigação dos bens da família Kirchner e da ex-presidente (2007-2015) é um dos casos que a imprensa argentina acompanha passo a passo. O kirchnerismo diz que se trata de "uma forma de perseguição política aos opositores, com base em mentiras".

O governo do presidente Mauricio Macri asegura que inúmeros atos de corrupção foram cometidos na gestão kirchnerista. Mais de uma dezena de ex-funcionários estão sendo acusados.

Até agora não foram encontradas provas de enriquecimento ilícito contra a ex-presidente.

Já foram feitas dezenas de averiguações nas empresas hoteleiras e imobiliárias da família Kirchner, na Patagônia (sul).

"Poderão me prender, mas nunca vão conseguir esconder as consequências de um plano econômico que distribui apenas pobreza para os trabalhadores", declarou Kirchner à imprensa.

A postura kirchnerista é que as acusações são uma campanha para que a sociedade fale apenas de casos de corrupção do governo anterior, como forma de desviar a atenção de uma inflação anual de 45%, da recessão, das demissões e dos "tarifaços", com aumentos de 200% a 2.000%.

Florencia é a única filha do casal Cristina e Néstor Kirchner. Ela não participa da militância política, ao contrário de seu irmão, Máximo, que é deputado nacional.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaArgentinaBancáriosBancosCristina KirchnerFamíliaFinançasPolíticos

Mais de Mundo

Yamandú Orsi, da coalizão de esquerda, vence eleições no Uruguai, segundo projeções

Mercosul precisa de "injeção de dinamismo", diz opositor Orsi após votar no Uruguai

Governista Álvaro Delgado diz querer unidade nacional no Uruguai: "Presidente de todos"

Equipe de Trump já quer começar a trabalhar em 'acordo' sobre a Ucrânia