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MP da Argentina pede julgamento de Kirchner por lavagem de dinheiro

Kirchner e outros 18 acusados são suspeitos de lavagem de dinheiro e formação de quadrilha devido a irregularidades envolvendo empreiteiras

Kirchner: a senadora, seus filhos e sua sobrinha já foram processados por suposta lavagem de dinheiro e formação de quadrilha neste ano (Marcos Brindicci/Reuters)

Kirchner: a senadora, seus filhos e sua sobrinha já foram processados por suposta lavagem de dinheiro e formação de quadrilha neste ano (Marcos Brindicci/Reuters)

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EFE

Publicado em 21 de dezembro de 2018 às 13h48.

Buenos Aires - O Ministério Público da Argentina apresentou um pedido nesta sexta-feira para que a ex-presidente Cristina Kirchner e outros 18 acusados sejam levados a julgamento por suspeita de lavagem de dinheiro e formação de quadrilha devido a supostas irregularidades envolvendo empresários do setor de obras públicas através de uma empresa administrada pela família da atual senadora.

Segundo informou o Ministério Público, os procuradores Gerardo Pollicita e Ignacio Mahiques pediram que os acusados sejam submetidos a julgamento pelo caso conhecido como Hotesur.

O pedido assinado hoje também alcança, entre outros, os filhos da ex-presidente e atual senadora, Máximo e Florencia Kirchner, e o empresário Lázaro Báez, dedicado ao setor da construção, com vínculos muito estreitos com a família Kirchner e que está na prisão desde 2016 por outro caso.

Em maio deste ano, o juiz responsável pelo caso, Julián Ercolini, tinha processado, entre outros, Cristina Kirchner, seus filhos e sua sobrinha Romina Mercado por suposta lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.

Na investigação, os procuradores buscam determinar se a família da ex-presidente recebeu pagamentos por parte de empresários do setor de obras públicas através de contratos de hospedagem um hotel administrado pela companhia Hotesur, no qual Cristina Kirchner e seus dois filhos têm participação.

Em novembro de 2017, a ex-presidente prestou depoimento por esse caso, negou todas as acusações e afirmou que as atividades da Hotesur tinham sido plenamente legais.

O caso Hotesur teve início em novembro de 2014 por uma denúncia da então deputada opositora Margarita Stolbizer.

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