Policial na Venezuela: os tiros que mataram Luis Manuel Díaz aconteceram a "dois metros" de esposa de Leopoldo López, líder político que está detido (Oscar Sabetta/GettyImages)
Da Redação
Publicado em 1 de dezembro de 2015 às 08h36.
O Ministério Público anunciou na segunda-feira o indiciamento de três homens pela morte a tiros do líder opositor venezuelano Luis Manuel Díaz, na quarta-feira da semana passada após um comício eleitoral em Guárico, região central do país.
"Os promotores do 38° nacional e 8° do estado Guárico, Edgar Angulo e Yomar Mota, respectivamente, indiciarão William Méndez Quiaro (28 anos), José Enrique Abad (25) e Ronald Ender Hernández (22)", informa um comunicado do MP.
Os três indiciados foram detidos na segunda-feira em Altagracia de Orituco, onde aconteceu o crime, ao fim de comício da oposição venezuelana que teve a presença de Lilian Tintori, esposa de Leopoldo López, líder político que está detido.
De acordo com Tintori, os tiros que mataram Luis Manuel Díaz aconteceram a "dois metros" dela, o que a levou a alertar que alguém deseja matá-la, mas sem apontar nomes específicos.
No fim de semana, o vice-presidente venezuelano, Jorge Arreaza, afirmou que a esposa de López poderia ser alvo de "mercenários financiados pela extrema-direita" para cometer crimes políticos antes das eleições legislativas do próximo domingo.
Tintori respondeu: "Sofri dois atentados e peço que sejam cumpridas as medidas cautelares para Leopoldo López na prisão de Ramo Verde, para meus filhos e para mim".
Ela responsabilizou diretamente o presidente "Nicolás Maduro do que possa acontecer a minha família, a Leopoldo, a meus filhos".