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Movimentos sociais estão sendo ameaçados, diz Boulos no Parlamento Europeu

Boulos criticou o discurso de Bolsonaro e disse que existem muitos motivos para crer que aumentará a criminalização dos movimentos sociais

Guilherme Boulos: político viajará a Paris, Berlim, Barcelona, Madri e Lisboa (João Miguei Júnior/Globo/Divulgação)

Guilherme Boulos: político viajará a Paris, Berlim, Barcelona, Madri e Lisboa (João Miguei Júnior/Globo/Divulgação)

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EFE

Publicado em 11 de dezembro de 2018 às 17h58.

Última atualização em 11 de dezembro de 2018 às 17h58.

Estrasburgo - O líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos, iniciou nesta terça-feira, 11, no Parlamento Europeu uma viagem pelo continente destinada a buscar alianças para fazer frente às políticas da extrema direita em auge no mundo todo e que, em sua opinião, está representada na figura do presidente eleito, Jair Bolsonaro.

"Temos muitos motivos para pensar que aumentará a criminalização dos movimentos sociais e se intensificará a violência", lamentou Boulos em entrevista coletiva em Estrasburgo.

O ex-candidato presidencial do PSOL disse que viajará a Paris, Berlim, Barcelona, Madri e Lisboa para "dialogar com organizações e movimentos sociais e denunciar e trocar experiências sobre a ascensão da extrema direita no mundo para traçar estratégias em comum".

"O discurso de Bolsonaro faz ameaças diretas à liberdade de imprensa, de manifestação e expressão e, sobretudo, vai contra os movimentos sociais", alertou Boulos, que expressou "preocupação" com as normas que Bolsonaro possa promover vinculando protestos sociais ao terrorismo.

Ao ser questionado se temia voltar ao Brasil por medo de terminar em prisão, Boulos respondeu aos repórteres que sua luta está no país e que por isso voltará.

"A resistência não vai entregar o Brasil a Bolsonaro. O Brasil vale muito mais que isso", ressaltou.

Boulos esteve acompanhado na entrevista coletiva pelo eurodeputado espanhol Xabier Benito, a portuguesa Marisa Matias, a italiana Eleonora Forenza e o francês Younous Omarjee, todos da Esquerda Unitária europeia.

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