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Movimento pró-democracia admite que China não cederá

O movimento pró-democracia de Hong Kong admitiu que não existe possibilidade da China ceder e ampliar as liberdades eleitorais na região


	Manifestantes pró-democracia: ativistas iniciaram campanha no domingo
 (Philippe Lopez/AFP)

Manifestantes pró-democracia: ativistas iniciaram campanha no domingo (Philippe Lopez/AFP)

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Da Redação

Publicado em 2 de setembro de 2014 às 12h55.

Hong Kong - O movimento pró-democracia de Hong Kong, Occupy Central, admitiu nesta terça-feira que não existe possibilidade do governo da China ceder e ampliar as liberdades eleitorais na ex-colônia britânica, mas pretende prosseguir com os protestos.

"Estamos obrigados a admitir que, nas circunstâncias atuais, é bastante irreal pensar que nossa ação mudará a decisão tomada por Pequim", declarou à AFP Kin-Man Chan, cofundador do Occupy Central.

Como temiam os ativistas pró-democracia de Hong Kong, a China anunciou no domingo que o futuro chefe de Governo da ilha será eleito por sufrágio universal a partir de 2017, mas que apenas dois ou três candidatos selecionados por um comitê poderiam disputar as eleições.

As restrições são consideradas inaceitáveis pelos militantes pró-democracia, que acusam Pequim de traição.

Os ativistas iniciaram no domingo uma campanha de "desobediência civil" em resposta à decisão de Pequim.

Os organizadores do movimento ameaçam há vários meses paralisar as principais avenidas de Central, o bairro de negócios de Hong Kong, para pressionar o Partido Comunista da China (PCC).

Para entrar em vigor, a reforma eleitoral ainda deve obter a aprovação de dois terços do Parlamento de Hong Kong. Pelo menos 25 deputados (de um total de 70) anunciaram que votariam contra.

Desde a devolução de Hong Kong a China em 1997, a população tem um sistema judicial e político distinto, assim como uma liberdade de expressão desconhecida no continente.

Mas os moradores temem que Pequim exerça um controle cada vez maior sobre os temas do território.

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