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Movimento 'Occupy' busca nova direção

Manifestantes tentam manter os protestos depois que os acampamentos foram desalojados pela polícia na maior parte dos Estados Unidos

Ocupe Wall Street: manifestantes querem se manter relevantes (Getty Images)

Ocupe Wall Street: manifestantes querem se manter relevantes (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 2 de dezembro de 2011 às 17h21.

Washington - Com os acampamentos dos protestos esvaziados em muitas cidades americanas, o movimento "Occupy", contra Wall Street e a desigualdade econômica, está buscando novos alvos enquanto se empenha para continuar relevante.

Alguns dos manifestantes estão lançando longas passeatas ou promovendo protestos específicos, alguns estão aderindo a performances nas ruas para passar sua mensagem.

"Apesar de muitas ocupações terem sido removidas, o movimento ainda está vivo", disse Cologino Rivera, 21, membro do grupo original do Ocupe Wall Street que foi despejado do Zuccotti Park em Nova York.

"Estamos em um momento importante do movimento de ocupação, o governo agora está nos vendo como uma ameaça", disse ele, considerando que esta é a razão dos despejos de Nova York, Los Angeles e outras cidades.

Em Washington, acampamentos do Occupy continuam intactos e eventos esporádicos são realizados, incluindo uma manifestação diante da Agência de Proteção Ambiental por falhar em manter padrões de ar limpo. Outro grupo aderiu a uma marcha de apoio à greve dos funcionários públicos britânicos.

O grupo Ocupe DC planejou um protesto contra a Wells Fargo, declarando que a gigante financeira é "a principal investidora de prisões privadas".

"Diga a Wells Fargo para parar de jogar os moradores do Distrito de Columbia na prisão!" disse o grupo de Washington em uma mensagem, seguindo ações contra a Wells Frago de outras cidades.

Os grupos do Occupy também estão unindo forças com os sindicatos para atacar a gigante do telecom Verizon, alertando que a empresa está cortando empregos e benefícios dos funcionários apesar dos altos lucros.

Alguns dos manifestantes também visam os financiadores do Partido Democrático em Washington e Nova York, denunciando o "elitismo" das festas de gala que custam US$ 5mil por pessoa e arrecadam dinheiro para o presidente Barack Obama.


Em Nova York, o movimento Occupy está indo para a Broadway, estreando performances gratuitas em movimento e se deslocando para um "local secreto", como parte de um esforço para criar uma "resistência criativa".

"Neste sábado, artistas criativos e performáticos ocuparão a Broadway e iniciarão uma performance em uma praça não divulgada", anunciou o Occupy Wall Street.

O movimento anti-Wall Street, criado em meados de setembro, está tentando se redefinir, enquanto as permissões para acampar em lugares públicos estão sendo rapidamente reduzidas.

Os manifestantes espontaneamente organizados e de esquerda do Occupy Wall Street insistem que eles estão exercendo a liberdade de expressão no período que antecede as eleições nacionais de novembro de 2012.

Além do Zuccotti Park no começo do mês, a polícia também despejou manifestantes esta semana em Los Angeles e na Filadélfia.

Houve despejos em Dallas, Nova Orleans, Okland e Portland e alguns confrontos com a polícia, levando a algumas reflexões entre os ativistas.

Jim Fussell, um manifestante de 40 anos de Arlington, Virgínia, disse que os enfrentamentos levaram o movimento a começar a "adormecer nossa mensagem" sobre a desigualdade econômica.

"Não somos contra a polícia. Eles são trabalhadores fazendo o trabalho deles. Somos contra a desigualdade econômica no nosso país e no mundo. Essa é a essência de nossa mensagem".

Um grupo de 15 manifestantes de Washington deixou a capital esta semana para uma passeata até a Geórgia, com objetivo de chamar a atenção para as execuções de casas e demissões.

"Usar as passeatas é a melhor coisa", disse Kyle Szlosek, de 21 anos. "Podemos ir de porta em porta, em cada cidade. As passeatas serão a próxima fase" do movimento.

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