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Movimento islamita Ennahda legalizado após 30 anos na Tunísia

Durante a década de 1990, o movimento foi duramente reprimido e quase 30 mil simpatizantes e militantes foram presos

Ben Ali, ex-presidente da Tunísia: fundador do Ennahda ficou exilado por 20 anos (Wikimedia Commons)

Ben Ali, ex-presidente da Tunísia: fundador do Ennahda ficou exilado por 20 anos (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 1 de março de 2011 às 12h30.

Túnis - O movimento islamita tunisiano Ennahda, que foi reprimido durante o regime do presidente deposto Zine El Abidine Ben Ali, foi legalizado 30 anos depois da fundação, informou à AFP o porta-voz oficial do partido, Ali El Aryadh.

"O movimento Ennahda acaba de ser legalizado", declarou Aryadh.

"A autorização foi entregue pelo ministério do Interior a Nuredin Bhiri, membro do gabinete executivo do movimento", acrescentou Aryadh.

O Ennahda (Renascimento) foi fundado en 1981 por Rashed Ghanuchi e intelectuais inspirados pela Irmandade Muçulmana egípicio.

No início da era Ben Ali, em 1987, o Ennahda havia sido tolerado e obteve 17% dos votos nas eleições legislativas de 1989.

Mas depois, o Ennahda sofreu uma dura repressão e na década de 90 quase 30.000 militantes e simpatizantes foram detidos.

Rashed Ghanouchi, fundador do movimento, passou 20 anos exilado em Londres, antes de retornar à Tunísia poucos dias depois da queda de Ben Ali.

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