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Movimento de países condena brutal agressão contra Gaza

Comitê da Palestina do Movimento de países Não-Alinhados aprovou declaração que condena agressão militar contra palestinos em Gaza


	Palestinos fogem do fogo em Gaza: representantes de 40 países criticaram Israel
 (REUTERS/Suhaib Salem)

Palestinos fogem do fogo em Gaza: representantes de 40 países criticaram Israel (REUTERS/Suhaib Salem)

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Da Redação

Publicado em 4 de agosto de 2014 às 13h24.

Teerã - O Comitê da Palestina do Movimento de países Não-Alinhados (NAM) aprovou nesta segunda-feira em Teerã uma declaração que condena a "brutal agressão militar contra a população civil palestina na Faixa de Gaza", que causou a morte de mais de 1,8 mil palestinos e deixou outras 8,5 mil feridas em 27 dias.

Representantes de 40 países criticaram em um duro texto o "letal, indiscriminado e excessivo uso da força de Israel, a potência ocupante" contra civis que "provocou a morte e ferimentos a milhares de indefesos palestinos, a grande maioria delas crianças e mulheres, no que representa uma evidente e sistemática violação da legislação internacional e dos direitos humanos".

No texto é destacada "a destruição gratuita de milhares de lares palestinos, negócios, infraestrutura civil vital, mesquitas, escolas, instituições públicas, fazendas e algumas instalações da ONU", assim como fontes de água e eletricidade, hospitais e centros médicos.

Também são condenados os "ataques contra trabalhadores humanitários e de emergências e jornalistas".

O comitê pede o "cessar-fogo incondicional" por parte de Israel e chama os países a exercer "esforços sérios e coletivos para garantir um cessar-fogo baseado na iniciativa do egito de novembro de 2012".

Além disso, os ministros apoiam no escrito "as legítimas demandas da delegação do Estado da Palestina" e exigem "o imediato e completo levantamento do bloqueio israelense imposto à Faixa de Gaza, que constitui um castigo coletivo em massa a seus habitantes, transgride a legislação humanitária internacional" e deu lugar a "uma calamitosa situação humanitária e sanitária".

Os ministros e seus representantes exigem que sejam abertas as fronteiras imediatamente para permitir a entrada de ajuda humanitária de emergência e o acesso de trabalhadores médicos e chamam ao "fim das políticas e práticas israelenses que privam os palestinos de suas terras, propriedades e recursos naturais".

Além disso, os ministros pedem à ONU, outros organismos internacionais e ONG que ajudem a aliviar a situação das vítimas enviado ajuda de forma urgente e solicitam um aumento do apoio à agência da ONU para os refugiados palestinos (UNRWA).

Os ministros também se dirigem diretamente ao Conselho de Segurança da ONU para exigir que "ponha fim à impunidade que desfrutou injustificadamente Israel" e que adote medidas para obrigar Israel a cessar sua agressão e cumprir suas obrigações sob a lei internacional.

Além da ofensiva e o bloqueio, o comunicado também critica, entre outros assuntos, a "contínua colonização de território palestino por Israel", a detenção de mais de seis mil presos palestinos e a construção do muro de concreto na Cisjordânia e Jerusalém Oriental. 

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