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Motim em prisão venezuelana deixa 29 mortos

O incidente aconteceu na cidade de Acarigua, em uma prisão municipal no Estado central de Portuguesa. 

Venezuela: "Houve uma tentativa de fuga e uma briga começou entre gangues rivais", disse o secretário de Segurança dos Cidadãos de Portuguesa (Juan Medina/Reuters)

Venezuela: "Houve uma tentativa de fuga e uma briga começou entre gangues rivais", disse o secretário de Segurança dos Cidadãos de Portuguesa (Juan Medina/Reuters)

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Reuters

Publicado em 25 de maio de 2019 às 11h21.

Última atualização em 25 de maio de 2019 às 11h51.

Vinte e nove detentos foram mortos e 19 policiais ficaram feridos em um confronto em uma cadeia na região central da Venezuela, no que foi chamado por uma autoridade estatal de uma tentativa frustrada de fuga, mas foi descrito por grupos de direitos humanos como um massacre.

O incidente aconteceu na cidade de Acarigua, em uma prisão municipal no Estado central de Portuguesa.

"Houve uma tentativa de fuga e uma briga começou entre gangues rivais", disse o secretário de Segurança dos Cidadãos de Portuguesa, Oscar Valero, a jornalistas. "Com a intervenção policial para prevenir a fuga, bem, aconteceram 29 mortes", disse, acrescentando que 355 pessoas estavam detidas na prisão.

Detentos detonaram três granadas, que feriram 19 policiais, disse. O Ministério da Informação venezuelano não respondeu imediatamente por um pedido de comentário.

Grupos de direitos humanos questionaram a versão oficial do incidente.

"Como foi que aconteceu um confronto entre prisioneiros e a polícia, mas só presos mortos?", disse Humberto Prado, do Observatório de Prisões da Venezuela, em uma entrevista por telefone. "E se os prisioneiros tinham armas, como essas armas entraram?".

Nos últimos dias detentos estavam exigindo que agentes mediadores do governo os ajudassem a evitar transferências para prisões distantes onde eles não conseguiriam receber visitas de parentes, disse Prado.

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