Rússia: país é o sexto com mais casos diagnosticados de covid, com 5,3 milhões desde o início da pandemia (AFP/Reprodução)
Matheus Doliveira
Publicado em 19 de junho de 2021 às 12h56.
A capital russa Moscou registrou, neste sábado (19), 9.120 novos casos de coronavírus nas últimas 24 horas, um recorde pelo segundo dia consecutivo, segundo dados divulgados pelo governo.
Os números deste sábado superam os 9.056 novos casos registrados na sexta-feira, de acordo com as estatísticas publicadas no portal stopcoronavirus.rf.
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O prefeito de Moscou, Serguéi Sobianin, disse que o surto na cidade se deve à propagação da variante Delta do vírus, que foi identificada pela primeira vez na Índia e se considera mais contagiosa.
Para lidar com a avalanche de novos pacientes, a prefeitura ampliará de 17.000 para 24.000 a quantidade de leitos hospitalares em duas semanas, informou a vice-prefeita de Moscou, Anastasia Rakova.
A capital se tornou o epicentro do atual surto de covid-19 na Rússia e acumula mais da metade das novas infecções registradas neste sábado no país.
A Rússia é o sexto país com mais casos diagnosticados de covid, com 5,3 milhões desde o início da pandemia, e o primeiro da Europa em vítimas mortais, 128.445 segundo o governo e 270.000 segundo a agência estatística russa.
Na sexta-feira, o prefeito Sobianin afirmou que quase 90% dos novos casos detectados na capital correspondiam à variante Delta.
A prefeitura desta cidade de 12 milhões de habitantes tomou medidas como a suspensão dos eventos de entretenimentos em massa, o fechamento de casas de festa e áreas de torcidas em estádios, e incentivou a vacinação obrigatória dos funcionários do setor de serviços.
A Rússia lançou rapidamente uma campanha de vacinação em dezembro, confiando especialmente em sua vacina Sputnik V, mas até o momento somente 19 milhões de seus 146 milhões de habitantes receberam ao menos uma dose do imunizante, segundo o site Gogov que coleta dados das regiões e da mídia, na falta de estatísticas nacionais oficiais.
Seus cidadãos se mostram céticos sobre a vacinação. Segundo uma pesquisa independente recente, 60% deles não quer se vacinar.
Antes de impor a vacinação aos trabalhadores do setor de serviços, Sobianin tentou impulsionar a imunização organizando o sorteio de um carro entre quem recebesse a primeira dose.