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Mortos por tremor no Nepal passam de 5 mil

A população protesta por ação "fraca" do governo


	Nepalês reza após terremoto detruir seu vilarejo em Lapu: as autoridades reconheceram ter cometido erros na resposta inicial à tragédia
 (Sajjad Hussain/AFP)

Nepalês reza após terremoto detruir seu vilarejo em Lapu: as autoridades reconheceram ter cometido erros na resposta inicial à tragédia (Sajjad Hussain/AFP)

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Da Redação

Publicado em 29 de abril de 2015 às 07h54.

Katmandu - O número de mortos em consequência do terremoto devastador no Nepal há quatro dias passou de 5.000 nesta quarta-feira, e autoridades reconheceram ter cometido erros na resposta inicial à tragédia, deixando sobreviventes isolados em vilarejos remotos esperando por ajuda.

Mais de 200 nepaleses protestaram do lado de fora do Parlamento na capital Katmandu, exigindo do governo um aumento no número de ônibus a caminho das montanhas no interior e uma melhor distribuição de ajuda.

"Não tenho conseguido contactar integrantes da minha família no vilarejo", disse Kayant Panday, um dos manifestantes, que disse ter acordado às 4h da manhã para pegar um ônibus para a área mais atingida mas não conseguiu embarcar.

"Não tenho como obter informação se estão vivos ou mortos." O governo ainda não conseguiu contabilizar completamente a devastação provocada pelo terremoto de sábado de magnitude 7,8, uma vez que não foi capaz de acessar áreas de montanhas, apesar da chegada de equipes de resgate e suprimentos de várias partes do mundo.

Com muitos nepaleses dormindo nas ruas em barracas improvisadas pela quarta noite seguida desde o terremoto, a população está cada vez mais irritada com a situação.

"Esse é um desastre de escala sem precedentes. Houve algumas fraquezas na operação de resgate", reconheceu o ministro das Comunicações do Nepal, Minendra Rijal, na noite de terça-feira. "Vamos melhorar isso a partir de quarta-feira."

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