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Morto ciberativista que denunciava tráfico na fronteira México-EUA

Corpo encontrado decapitado era de um homem que cuidava de uma página na internet que falava sobre o narcotráfico na região

O corpo foi encontrado com uma mensagem que dizia: "Isto aconteceu comigo por não entender que não devo reportar nas redes sociais" (Francisco Vega/AFP)

O corpo foi encontrado com uma mensagem que dizia: "Isto aconteceu comigo por não entender que não devo reportar nas redes sociais" (Francisco Vega/AFP)

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Da Redação

Publicado em 9 de novembro de 2011 às 16h33.

Nuevo Laredo, México - O corpo decapitado de um homem que, segundo as investigações, era moderador de uma página na internet que denunciava o tráfico de drogas, foi encontrado esta quarta-feira na cidade mexicana de Nuevo Laredo (nordeste), na fronteira com os Estados Unidos, informaram autoridades locais.

O corpo, com sinais de tortura, foi deixado junto ao monumento a Colombo, com uma mensagem atribuída ao crime organizado, segundo a qual a vítima era um moderador da página 'Nuevo Laredo ao vivo', anunciou a polícia local.

"Isto aconteceu comigo por não entender que não devo reportar nas redes sociais", dizia a mensagem colocada junto ao corpo.

Este seria o quarto ciberativista morto nesta cidade, fronteiriça com Laredo (Texas), por denunciar fatos ligados ao crime organizado.

Em setembro foi encontrado no mesmo local o corpo da jornalista Maria Elizabeth Macías que, sob o pseudônimo de "a garota de Laredo", era a coordenadora do site, que reúne informações divulgadas nas redes sociais por vizinhos sobre tiroteios e movimentações suspeitas, publicava conselhos sobre proteção e convidava os leitores a denunciar os criminosos.

Nuevo Laredo tem uma forte presença do cartel Los Zetas, criado por militares desertores, ao qual se atribuem várias chacinas, especialmente no nordeste e no leste do México.

Segundo organizações como a Repórteres sem Fronteiras, as redes sociais se tornaram uma fonte alternativa de informação para a população, diante da autocensura aplicada a muitos meios de comunicação locais nas regiões mais afetadas pela violência dos cartéis.

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