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Mortes por drogas na Inglaterra são as mais altas desde 1993

A taxa de mortalidade por consumo de drogas atingiu o maior nível registrado na Inglaterra até agora, com 39,7 mortes por cada milhão de habitantes


	As mortes relacionadas com a cocaína aumentaram no ano passado 46,15% em relação a 2013, para 247
 (Perturbao/WikimediaCommons)

As mortes relacionadas com a cocaína aumentaram no ano passado 46,15% em relação a 2013, para 247 (Perturbao/WikimediaCommons)

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Da Redação

Publicado em 3 de setembro de 2015 às 16h25.

Londres - Mais de 3.300 pessoas morreram por consumir drogas na Inglaterra e no País de Gales em 2014, o maior número desde que os registros começaram, em 1993, segundo divulgou nesta quinta-feira o Escritório Nacional de Estatísticas britânico (ONS, na sigla em inglês).

As mortes relacionadas com a cocaína aumentaram no ano passado 46,15% em relação a 2013, para 247, e as relacionadas com a heroína 64,4% entre 2012 e 2014, para 952.

A taxa de mortalidade por consumo de drogas atingiu o maior nível registrado na Inglaterra até agora, com 39,7 mortes por cada milhão de habitantes, enquanto no País de Gales ficou em 39 mortes por milhão de habitantes.

"A disponibilidade e a pureza da heroína é cada vez maior na Inglaterra e isso está tendo um claro impacto", assinalou a diretora do departamento de Álcool, Drogas e Tabaco do sistema público de saúde inglês, Rosanna O'Connor.

A ONS ressaltou que as estatísticas incluem, além disso, as mortes causadas pelo uso inadequado de drogas legais que normalmente podem ser adquiridas com receita médica.

Em 2014 foram registradas 517 mortes por consumo de antidepressivos, o maior número desde 1999.

Cinquenta mortes aconteceram por consumo de ecstasy e 67 relacionadas a novas substâncias psicoativas.

"Os serviços para os consumidores de droga em todo o país viram como aumentou o número de pessoas que buscam ajuda para opiáceos e cocaína", disse o diretor da organização britânica sem fins lucrativos Addaction, Simon Antrobus.

"A tendência é de o número provavelmente crescer, tendo em vista o aumento da oferta de opiáceos e sua maior pureza", afirmou Antrobus.

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