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Morte do presidente do Haiti teria sido planejada na República Dominicana

Segundo o diretor-geral da polícia haitiana, Léon Charles, duas pessoas em uma foto que nas redes sociais estavam planejando o assassinato do presidente Moise na República Dominicana. "Algumas das pessoas na foto já foram detidas", acrescentou

 (Andres Martinez Casares/Reuters)

(Andres Martinez Casares/Reuters)

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AFP

Publicado em 15 de julho de 2021 às 12h02.

Última atualização em 15 de julho de 2021 às 12h09.

O assassinato do presidente haitiano Jovenel Moise por um comando armado em 7 de julho foi planejado na vizinha República Dominicana, disse na quarta-feira (14) à noite o chefe da polícia do Haiti.

Em uma foto que viralizou nas redes sociais, é possível ver duas pessoas - entre os suspeitos depois detidos pela polícia - e o ex-senador Joel John Joseph - alvo de uma ordem de prisão - participando lado a lado em uma reunião.

Segundo o diretor-geral da polícia haitiana, Léon Charles, as pessoas na foto estavam planejando o assassinato do presidente Moise na República Dominicana.

"Estavam reunidos em um hotel de Santo Domingo. Ao redor da mesa estão os autores intelectuais, um grupo de recrutamento técnico e um grupo de arrecadação de fundos", disse Charles à imprensa.

"Algumas das pessoas na foto já foram detidas. É o caso do médico Christian Emmanuel Sanon e de James Solages. Este último coordenou com a empresa de segurança venezuelana CTU, com sede em Miami", acrescentou.

Na imagem também aparece Antonio Emmanuel Intriago Valera, responsável do CTU, assim como o chefe da empresa Worldwide Capital Lending Group, Walter Veintemilla, empresa alvo de investigação porque "teria arrecadado fundos para financiar" o assassinato, disse Charles.

"Havia um grupo de quatro (mercenários) que já estavam no país. Os outros chegaram em 6 de junho. Passaram pela República Dominicana. Nós rastreamos o cartão de crédito que foi usado para comprar as passagens", afirmou.

Até o momento, 21 pessoas foram detidas, incluindo 18 colombianos e 3 haitianos, dois deles também com nacionalidade americana. Três colombianos foram mortos pela polícia posteriormente.

"São ex-soldados das forças especiais da Colômbia. São especialistas, criminosos. Esta é uma operação bem planejada", afirmou o chefe policial. Em meio à investigação, quatro agentes de segurança do presidente foram isolados e outros 24 estão submetidos a medidas cautelares, disse Charles.

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