Kayla Mueller, 26, uma agente humanitária que era refém do Estado Islâmico (Mueller Family/Handout via Reuters)
Da Redação
Publicado em 10 de fevereiro de 2015 às 15h12.
WASHINGTON - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, confirmou nesta terça-feira a morte de Kayla Mueller, uma agente humanitária norte-americana que era refém de militantes do Estado Islâmico, dizendo que os EUA vão "encontrar e levar à Justiça os terroristas responsáveis".
A família de Kayla também disse em um comunicado que estava "de coração partido" por saber da morte dela e divulgou uma cópia de uma carta que tinha escrito em 2014, enquanto estava em cativeiro.
Os comentários de Obama e da família da refém ocorrem quatro dias após o Estado Islâmico afirmar que a jovem, de 26 anos, do Arizona, fora morta quando caças jordanianos bombardearam um prédio onde ela estava sendo mantida refém, embora a Jordânia tenha manifestado dúvidas sobre a declaração do grupo militante sobre a morte dela.
De acordo com uma porta-voz da Casa Branca, os sequestradores do Estado Islâmico contataram à família no fim de semana. "No fim de semana, a família recebeu uma mensagem dos sequestradores de Kayla, o Isil, contendo informações adicionais", disse a porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, Bernadette Meehan, usando um acrônimo para Estado Islâmico.
"Uma vez que esta informação foi autenticada pela comunidade de inteligência, eles concluíram que Kayla estava morta", completou Meehan.
Nem Obama nem a família deram detalhes sobre as circunstâncias da morte. Autoridades dos EUA disseram que a família recebeu um e-mail e foto do Estado Islâmico, que confirmaram que ela estava morta.
Autoridades norte-americanas declararam que não tinham provas que apoiam a afirmação do Estado Islâmico de que ela foi morta em um ataque aéreo da Jordânia, acrescentando que os detalhes que cercam sua morte ainda não estão claros.
"Não está claro, na visão da inteligência, como ela morreu", disse uma autoridade dos EUA, falando à Reuters sob condição de anonimato.
Mueller era a última refém norte-americana conhecida em poder do Estado Islâmico, que controla amplas áreas da Síria e do Iraque. Ela foi levada como refém ao deixar um hospital na cidade síria de Aleppo, em agosto de 2013.
O grupo decapitou outros três norte-americanos, dois britânicos e dois reféns japoneses - a maioria deles trabalhadores humanitários ou jornalistas - nos últimos meses.
"Não importa quanto tempo leve, os Estados Unidos vão encontrar e levar à Justiça os terroristas responsáveis pelo cativeiro e morte de Kayla", disse Obama em um comunicado divulgado pela Casa Branca.
"O Isil é um grupo terrorista odioso e abominável, cujas ações estão em forte contraste com o espírito de pessoas como Kayla", acrescentou Obama.