Investigadores fazem buscas em torno do carro usado por atiradores em exposição sobre Maomé, no Texas (REUTERS/Laura Buckman)
Da Redação
Publicado em 5 de maio de 2015 às 09h12.
Para o cartunista que ganhou um concurso no Estado norte-americano do Texas com uma imagem de Maomé, a morte pela polícia de dois homens armados diante do local da exposição foi uma questão de justiça.
"Eles vieram para nos matar e morreram por isso. Justiça", tuitou o artista Bosch Fawstin na segunda-feira.
A charge de Fawstin mostra o profeta com um turbante, armado de espada e gritando: "Você não pode me desenhar”.
Em resposta, uma mão segurando um lápis aparece desenhando Maomé, tendo ao lado a inscrição: "É por isso que eu desenho você."
A Iniciativa Americana em Defesa da Liberdade, entidade patrocinadora do evento de domingo, concedeu a Fawstin, um nova-iorquino e ex-muçulmano, 12.500 dólares em prêmios e o apresentou à multidão como um homem corajoso e justo.
Contatado por telefone na segunda-feira, Fawstin disse que o incidente de domingo o fez temer por sua segurança, mas que iria continuar com o seu trabalho.
"Certamente isso é preocupante. Você faz o seu trabalho e pessoas lá fora querem te matar por isso", disse.
"Entendo a ameaça, mas eu não vou ser intimidado por isso. Ainda pretendo ir lá e ainda pretendo falar abertamente."
Para a maioria dos muçulmanos, desenhos de Maomé são ofensivos. No evento no Texas, Fawstin expressou outro ponto de vista. Ele disse que se trata de liberdade de expressão.