Agentes medem um elefante pigmeu morto na Malásia: o pequeno animal perde peso muito rápido, ressaltaram os defensores dos animais (Sabah Wildlife Department/AFP)
Da Redação
Publicado em 31 de janeiro de 2013 às 12h53.
Kuala Lumpur - Os restos de um elefante pigmeu de Bornéu foram encontrados na quarta-feira, elevando a 14 o número destes animais mortos, aparentemente envenenados, informou nesta quinta-feira uma fonte oficial, o que aumenta os temores por esta espécie em risco de extinção.
Os restos decompostos de um novo elefante, o 14º, foram encontrados na quarta-feira, depois que outros 13 foram descobertos pouco antes, indicou Laurentius Ambu, diretor do Escritório de Fauna no Estado malásio de Sabah, no norte da ilha de Bornéu.
Os maiores temores se centram na sobrevivência de um filhote de elefante de três meses, que ficou órfão, e cuja foto tentando em vão despertar a mãe morta comoveu a região.
O pequeno animal perde peso muito rápido, ressaltaram os defensores dos animais.
Os responsáveis suspeitam que a causa da morte pode ser envenenamento, provavelmente pelas substâncias que os trabalhadores das plantações de palmeiras de óleo deixam para que os animais não comam os frutos.
Existe o temor de que outros elefantes pigmeus também estejam mortos, já que esta espécie vive normalmente em grupos de 50 a 60 animais.
Masidi Manjun, ministro malásio do Meio Ambiente, prometeu penas de prisão para os culpados.
A organização ecologista WWF-Malásia apontou o grande desmatamento em Bornéu, para abrir espaço às palmeiras de óleo, como a origem do problema, já que, ao reduzir o habitat natural dos elefantes, estes animais precisam competir contra o homem.
Segundo o WWF, existem apenas 1.200 elefantes pigmeus de Bornéu em liberdade.