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Morrem 2 vacinadores contra pólio no noroeste do Paquistão

Este é mais um ataque contra a questionada operação sanitária


	Soldados paquistaneses em alerta enquanto um trabalhador vacina uma criança contra pólio em Karachi: talibãs suspeitam que a campanha é um disfarce para espionagem
 (Asif Hassan/AFP)

Soldados paquistaneses em alerta enquanto um trabalhador vacina uma criança contra pólio em Karachi: talibãs suspeitam que a campanha é um disfarce para espionagem (Asif Hassan/AFP)

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Da Redação

Publicado em 31 de janeiro de 2013 às 09h27.

Peshawar - Dois trabalhadores da campanha de vacinação contra a pólio morreram nesta quinta-feira atingidos por uma bomba em uma zona tribal afastada do noroeste do Paquistão, em um novo ataque contra esta questionada operação sanitária, segundo autoridades locais.

Este ataque ocorre dois dias após outro incidente, também no noroeste, no qual um policial que acompanhava os vacinadores morreu.

Os dois vacinadores mortos nesta quinta-feira foram atingidos por uma bomba de fabricação caseira colocada em uma estrada da zona tribal de Kurram, fronteiriça com o Afeganistão, declarou à AFP Jawad Ali, diretor da campanha de vacinação na região.

Deveriam se dirigir a vários povoados que ainda não haviam sido visitados durante a campanha desenvolvida na região entre segunda e quarta-feira.

Javaid Ulah, um funcionário administrativo de alto escalão de Kurram, confirmou o incidente e seu balanço à AFP.

O ataque desta quinta-feira eleva a 18 o número de trabalhadores da campanha de vacinação contra a pólio mortos no país em dezembro e janeiro, nove deles no noroeste e outros nove em Karachi, a megalópole do sul.

No noroeste, região conservadora, afirma-se erroneamente que a vacina contra a pólio contém carne de porco, cujo consumo é considerado impróprio pelos muçulmanos, e que torna a pessoa estéril, o que alimenta os rumores de que esta campanha forma parte de um complô destinado a esterilizar os muçulmanos.

Estes ataques não foram reivindicados, mas alguns rebeldes talibãs proibiram a campanha, já que suspeitam que é um disfarce para atividades de espionagem de seus bastiões.

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