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Morre Tareq Aziz, figura-chave do regime de Saddam Hussein

Aziz estava preso desde 2003 e tinha sido condenado à morte em 2010 por assassinato premeditado e crimes contra a humanidade


	Estátua de Saddam é retirada de praça em Bagdá: O ex-ministro iraquiano era o único membro cristão do governo de Saddam e um de seus funcionários mais próximos até a queda do regime
 (Goran Tomasevic/Reuters/Arquivo)

Estátua de Saddam é retirada de praça em Bagdá: O ex-ministro iraquiano era o único membro cristão do governo de Saddam e um de seus funcionários mais próximos até a queda do regime (Goran Tomasevic/Reuters/Arquivo)

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Da Redação

Publicado em 5 de junho de 2015 às 14h21.

Bagdá - O ex-vice-primeiro-ministro do Iraque Tareq Aziz, a principal figura do governo de Saddam Hussein durante mais de duas décadas, morreu nesta sexta-feira, aos 79 anos, em um hospital penitenciário no Iraque, informou o vice-governador da província de Diqar, Adel Dajil.

Aziz, que também ocupou o posto de ministro das Relações Exteriores, estava preso desde 2003 e tinha sido condenado à morte em 2010 por assassinato premeditado e crimes contra a humanidade.

O ex-chefe da diplomacia iraquiana teve um infarto no Hospital Al Hussein na cidade de Al Nassiriya, capital de Diqar. De acordo com Dajil, a direção da penitenciária levou o preso ao hospital depois dele ter um ataque cardíaco. Aziz, que tinha diabetes, hipertensão e outras doenças, já tinha sido internado em outras ocasiões para receber tratamento.

O ex-ministro iraquiano, cujo nome real era Mikhail Yuhana, nasceu em uma família cristã modesta em 1936, perto de Mossul. Era o único membro cristão do governo de Saddam e um de seus funcionários mais próximos até a queda do regime em 2003 pela invasão americana.

De 1979 a 2003, Aziz foi o "número dois" da administração civil, já que Saddam era presidente e também primeiro-ministro, e com frequência atuava como chefe do governo.

Foi condenado por responsabilidade na perseguição de militantes e dirigentes de partidos religiosos, que afetou especialmente políticos xiitas, durante os anos 80. EFE

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