Abdullah al-Raghie e Abdul Moheman al-Raghie (e), filhos de Abu Anas al-Libi, mostram o carro de seu pai (AFP)
Da Redação
Publicado em 5 de janeiro de 2015 às 09h23.
Cairo - O homem acusado pelos Estados Unidos de ser o integrante da Al-Qaeda e por participar das explosões nas embaixadas norte-americanas do Quênia e da Tanzânia em 1998 morreu aos 50 anos devido às complicações de uma cirurgia no fígado, afirmou sua mulher neste sábado.
Al-Libi foi detido por forças norte-americanas na Líbia em 2013 e levado para os EUA para ser julgado em Nova York. Segundo sua mulher, Um Abdullah, esse processo piorou o estado de saúde, incluindo sua hepatite C, levando-o à morte.
"Eu acuso o governo norte-americano de sequestro, maus tratos e por matar um homem inocente", afirma. Autoridades norte-americanas e o advogado de al-Libi não comentaram o caso imediatamente.
Também conhecido como Nazih Abdul-Hamed al-Ruqai, o réu foi indiciado há mais de uma década por uma Corte dos EUA por participar dos atentados às embaixadas no Quênia e na Tanzânia, que vitimaram 224 pessoas, incluindo vários norte-americanos.
Em dezembro de 2013, Bernard Kleinman, um advogado de al-Libi, afirmou que ele era apenas acusado de participar em ações de vigilância fotográfica e visual à embaixada dos EUA em Nairóbi em 1993 e de pesquisar locais em potenciais para outros ataques com membros da Al Qaeda em 1994.
A mulher de al-Libi disse que ele foi submetido a uma cirurgia no fígado há três semanas, entrou em um coma e foi trazido prematuramente de volta à prisão, onde sofreu complicações.
Um Abdullah disse ter conversado com o marido pela última vez na quinta-feira. "Sua voz estava fraca e ele, em uma condição ruim", disse. "Parece que não o deixaram por tempo suficiente no hospital".
Um Abdullah diz que na sexta-feira um advogado lhe disse que al-Libi havia retornado ao hospital e estava respirando com ajuda de aparelhos. Fonte: Associated Press.