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Morre líder de dissidência das Farc na Colômbia

Hermes Barrera Contreras, das Farc, não participou do acordo assinado em novembro com o governo de Juan Manuel Santos

Farc: Líder foi morto pelo exército da Colômbia (John Vizcaino/Reuters)

Farc: Líder foi morto pelo exército da Colômbia (John Vizcaino/Reuters)

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AFP

Publicado em 28 de maio de 2017 às 17h08.

Um líder das dissidências da guerrilha das Farc, que implementam um acordo para superar meio século de conflito armado na Colômbia, foi morto pelo exército no sudeste do país, informou neste domingo (28) a instituição.

Hermes Barrera Contreras, conhecido como "Ismael dente de grilo", morreu em confrontos com soldados às margens do rio Unilla, no município de Calamar, departamento de Guaviare, indicou o Exército em um comunicado.

Segundo as autoridades, Barrera era um dos líderes da Frente Primeira das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e não participou do acordo assinado em novembro com o governo de Juan Manuel Santos.

"Ismael dente de grilo" era o chefe das Finanças, Comercialização e Distribuição da pasta à base de coca dessa dissidência na região, e também havia denúncias contra ele por extorsão, afirmou o Exército.

Acrescentou que essa estrutura é a responsável "pelo sequestro do funcionário da ONU Harley López", capturado em 3 de maio no município de Barranquillita e de quem se desconhece o paradeiro.

Durante as operações militares também morreu o chefe da segurança particular de Barreras, apelidado de "Giovani 56", e confiscaram o armamento, os computadores e 2,5 quilos de pasta à base de coca.

Os quase 7.000 combatentes das Farc se agrupam em 26 zonas do país para cumprir o processo de desarme e de transformação em um movimento político legal.

Segundo os analistas, o governo e a guerrilha, os dissidentes não irão deixar as armas porque têm interesses econômicos, especialmente na mineração ilegal e no tráfico, combustível da conflagração interna desde a década de 1980.

O governo considera que existam 400 membros de dissidências, que serão combatidas como grupos criminosos e não poderão ter acesso aos benefícios do acordo de paz.

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