Mundo

Morre homem que ateou fogo em si mesmo em frente a tribunal que julga Trump

Ele foi identificado pelas autoridades como Maxwell Azzarello e estava em uma área designada a apoiadores do ex-presidente

Julgamento de Trump: resultado da audiência é esperado para segunda de manhã (ANGELA WEISS/AFP Photo)

Julgamento de Trump: resultado da audiência é esperado para segunda de manhã (ANGELA WEISS/AFP Photo)

Estadão Conteúdo
Estadão Conteúdo

Agência de notícias

Publicado em 20 de abril de 2024 às 14h06.

O homem que ateou fogo em si mesmo em frente ao Tribunal Penal de Manhattan em Nova York durante a seleção do juri no julgamento criminal do ex-presidente americano Donald Trump morreu no sábado, 20, segundo o Departamento de Polícia de Nova York.

Ele foi identificado pelas autoridades como Maxwell Azzarello e estava em uma área designada a apoiadores de Trump. Ele espalhou panfletos com teorias da conspiração e se encharcou com um líquido. Cidadãos que caminhavam na rua gritaram quando chamas laranja brilhantes engolfaram o homem.

Um grande número de policiais estava por perto quando isso aconteceu e tentaram socorrer Azzarello, que chegou a ser hospitalizado na sexta-feira, 19, mas não resistiu aos ferimentos.

O homem, que a polícia disse ter viajado recentemente da Flórida para Nova York, não violou nenhum posto de segurança para acessar o local. O parque em frente ao tribunal tem sido um ponto de encontro para manifestantes, jornalistas e curiosos durante o julgamento de Trump, que começou com a seleção do júri na segunda-feira, 15.

As autoridades disseram que também estavam revisando os protocolos de segurança, incluindo a possibilidade de restringir o acesso ao parque. A rua lateral por onde Trump entra e sai do prédio está interditada."Podemos ter que fechar esta área", disse o vice-comissário do Departamento de Polícia de Nova York, Kaz Daughtry, em entrevista coletiva fora do tribunal na sexta-feira, acrescentando que as autoridades discutiriam o plano de segurança em breve.

Julgamento de Trump

Na sexta-feira, 19, o Tribunal terminou a escolha dos seis suplentes que podem ser convocados a decidir o futuro de Donald Trump caso um dos 12 jurados precise se retirar do caso ou seja retirado. Isso encerra a primeira etapa, de composição do júri, e abre caminho para que a fase de alegações iniciais, quando acusação e defesa apresentam o caso, comece na segunda-feira.

Trump é o primeiro ex-presidente da história americana a enfrentar um julgamento criminal. Ele responde a 34 acusações de fraude fiscal envolvendo o pagamento de U$S 130 mil a atriz pornô Stormy Daniels. Segundo a acusação, teria falsificado documentos das Organizações Trump para esconder o depósito, com o objetivo de impedir que um caso viesse à público antes das eleições de 2016. Ele nega.

Depois do intervalo, teve início a audiência que discute se os procuradores podem confrontar Donald Trump com suas derrotas em ações civis, caso ele decida depor.

A Justiça de Nova York declarou o magnata culpado por fraude e ordenou multa bilionária no processo que o acusava de inflar o próprio patrimônio para conseguir vantagens financeiras. Também na esfera civil, Trump foi declarado culpado por agressão sexual contra escritora e jornalista E. Jean Carroll. Em ação separada, ele foi multado por difamá-la.

Esses são alguns dos pontos da vida pregressa de Donald Trump que os procuradores pretendem explorar no julgamento. O resultado da audiência é esperado para segunda de manhã e tende a influenciar na decisão da defesa de colocar o réu para depor ou não.

Acompanhe tudo sobre:Eleições EUA 2024Donald Trump

Mais de Mundo

Presidente do México diz que “não haverá guerra tarifária” com EUA por causa de Trump

Austrália proíbe acesso de menores de 16 anos às redes sociais

Putin ameaça usar míssil balístico de capacidade nuclear para bombardear Ucrânia

Governo espanhol avisa que aplicará mandado de prisão se Netanyahu visitar o país