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Morre Gallinari, um dos brigadistas que sequestrou Aldo Moro

Prospero Gallinari integrou o comando das Brigadas Vermelhas, movimento armado de esquerda que sequestrou e executou o ex-chefe do governo italiano


	Local onde o antigo primeiro-ministro italiano Aldo Moro foi sequestrado em 16 de março de 1978 em Roma: o militante teria morrido de uma crise cardíaca (AFP)

Local onde o antigo primeiro-ministro italiano Aldo Moro foi sequestrado em 16 de março de 1978 em Roma: o militante teria morrido de uma crise cardíaca (AFP)

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Da Redação

Publicado em 14 de janeiro de 2013 às 12h15.

Roma - O militante Prospero Gallinari, que integrou o comando das Brigadas Vermelhas (BV), movimento armado de extrema-esquerda que sequestrou e executou o ex-chefe do governo italiano, Aldo Moro, em 1978, morreu, aparentemente de uma crise cardíaca, anunciou nesta segunda-feira a polícia italiana.

O brigadista, que foi libertado da prisão em 1997 devido a graves problemas cardíacos, pode ter sido - segundo uma hipótese ainda debatida - a pessoa que executou o político democrata-cristão.

Gallinari, de 62 anos, foi achado morto na garagem de sua casa em Reggio Emilia (centro).

Segundo as primeiras indicações da polícia, teria morrido de uma crise cardíaca.

O brigadista foi condenado em 1983 à prisão perpétua como um dos membros do grupo que reteve Moro durante 55 dias, entre março e maio de 1978, junto com os demais brigadistas Anna Laura Braghetti, Mario Moretti e Germano Maccari.

Gallinari participou do sequestro de Moro em Roma, abrindo fogo com uma metralhadora contra o veículo de escolta, e disparando contra os cinco seguranças, que morreram nas mãos do comando.

Seu papel na execução de Moro é alvo de debate. Vários arrependidos atribuíram a ele o disparo fatal, mas Mario Moretti reivindicou o fato.

Depois do caso Moro, que estremeceu a Itália, Gallinari foi detido em setembro de 1979, depois de um tiroteio com a polícia em Roma, no qual resultou seriamente ferido.

Vítima de várias crises cardíacas na prisão, foi operado do coração.

Foi um dos irredutíveis do terrorismo até 1988, quando assinou, com outros detentos, um manifesto anunciando que "a luta armada contra o Estado terminou".

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