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Morgan Stanley rebaixa PIB mundial e prevê recessão na zona do euro

Relatório do banco aponta que crise econômica na Europa vai afetar a economia mundial em 2012

A sede do Morgan Stanley em Nova York: previsão de crescimento em 2012 foi reduzida  (official-ly cool via Wikimedia Commons)

A sede do Morgan Stanley em Nova York: previsão de crescimento em 2012 foi reduzida (official-ly cool via Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 28 de novembro de 2011 às 17h35.

Nova York - O banco americano Morgan Stanley rebaixou nesta segunda-feira suas previsões de crescimento econômico mundial em 2012 para 3,5%, apenas três meses e meio após tê-las reduzido de 4,5% para 3,8%, e prevê ainda uma recessão econômica na zona do euro.

'Nossas maiores revisões em baixa foram na zona do euro, onde acreditamos que a economia esteja entrando em recessão', afirmou a entidade financeira em seu relatório de previsões de crescimento mundial para 2012, no qual também calcula que o Produto Interno Bruto (PIB) da eurozona caia 0,2%, frente à alta de 0,5% prevista anteriormente.

Os analistas econômicos do banco disseram que essa recaída se deve, em grande parte, às dificuldades para financiar os países que compartilham a moeda única europeia, assim como ao efeito das medidas de austeridade implantadas nessas nações.

O Morgan Stanley também qualificou como 'anêmico' o crescimento econômico dos Estados Unidos no ano que vem - de 2,2%, segundo seus cálculos, um décimo percentual a mais do que seu cálculo anterior, uma expansão que 'depende crucialmente de que o Congresso amplie a maior parte de seus estímulos fiscais até o ano que vem'.

Além disso, o banco adverte que caso a zona do euro se desintegre, uma possibilidade 'ainda remota', mas 'em aumento', a recessão de 2008 a 2009 'pareceria pálida em comparação com o que ocorreria'.

Fora a zona do euro e os EUA, as duas áreas nas quais se centra este relatório, o banco rebaixou as previsões de crescimento do resto do mundo. No Japão, por exemplo, espera agora uma expansão econômica de 1,1%, ao invés do 1,3% anterior. Queda ainda mais significativa é esperada no Reino Unido, de 1,4% para 0,6%.

Com exceção do Brasil, cujo crescimento deve se manter em 3,5%, os países emergentes não se salvaram da previsão de redução do Morgan Stanley, que rebaixou o crescimento conjunto destas nações de 6,1% para 5,7%. A China crescerá no ano que vem 8,4%, ao invés de 8,7%, a Índia terá expansão de 6,9% (antes tinha previsão de 7,4%) e a Rússia, de 5% (antes era de 5,2%), ainda de acordo com os analistas do banco.

'Quando cortamos nossas previsões de expansão mundial em agosto, muitos nos chamaram alarmistas. No entanto, o consenso dos cálculos de crescimento nos acompanharam e os medos de uma recessão aumentaram', acrescentou o Morgan Stanley no relatório. 

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