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Morales pede que Obama tire Mandela da lista de terroristas

O presidente da Bolívia, Evo Morales, disse que a melhor homenagem que o líder dos EUA pode fazer a Nelson Mandela, é tirá-lo da lista de terroristas


	Evo Morales, presidente da Bolívia: ex-presidente sul-africano foi retirado da lista há cinco anos
 (Getty Images)

Evo Morales, presidente da Bolívia: ex-presidente sul-africano foi retirado da lista há cinco anos (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 10 de dezembro de 2013 às 13h41.

La Paz - O presidente da Bolívia, Evo Morales, disse nesta terça-feira que a melhor homenagem que o líder dos Estados Unidos, Barack Obama, pode fazer a Nelson Mandela, morto na quinta-feira passada, é "tirá-lo da lista de terroristas" do país, documento do que o ex-presidente sul-africano foi retirado há cinco anos.

Morales lamentou em entrevista coletiva no Palácio de Governo que "por falta de coordenação e informação" não tenha podido comparecer aos funerais de Mandela, que estão sendo realizados em Johanesburgo, já que inicialmente a informação que receberam é que as homenagens aconteceriam no próximo domingo, 15.

Mandela deixou de ser "oficialmente" um terrorista para os EUA em 2008, quando o então presidente George W. Bush tirou seu nome da relação de criminosos políticos.

"Perdemos um patrimônio da humanidade e a melhor homenagem de Obama é não invadir os países do mundo", criticou Morales.

Para o líder boliviano, Nelson Mandela era "conhecido como um homem de paz, mas com posições certamente anti-imperialistas".

"Escutando Obama (que discursou hoje nos funerais do ex-presidente sul-africano), quem realmente deveria render homenagem ( a Mandela) são personagens que lutam pela paz com políticas sociais, que lutam contra a discriminação, o racismo e a segregação", sustentou Morales.

Também lembrou frases ditas por Mandela na época da invasão americana no Iraque, em 2002: "se analisarmos essas questões, chegaremos à conclusão de que a atitude dos Estados Unidos da América é uma ameaça à paz mundial" e "tudo o que (EUA) querem é o petróleo iraniano".

Estas frases "demonstram que Mandela era um irmão anti-imperialista", insistiu Morales.

Para o governante boliviano, "enquanto houver políticas de invasão, armamentistas ou de bases militares nunca haverá paz nem justiça social".

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