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Morales pede a Arce que processe ministros por ataque armado do qual foi alvo

Ex-presidente boliviano diz que foi vítima de um atentado que aconteceu no último domingo, 28

 (AIZAR RALDES/AFP/Getty Images)

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EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 28 de outubro de 2024 às 12h41.

Última atualização em 28 de outubro de 2024 às 13h13.

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O ex-presidente boliviano Evo Morales pediu nesta segunda-feira, 28, ao atual mandatário, Luis Arce, que demita e processe dois de seus ministros, os quais ele acusa de tentar “matá-lo” em um ataque armado na manhã de domingo.

“Se Luis Arce não deu ordens para nos matar, ele deve imediatamente demitir e processar seus ministros da Defesa e de Governo, Edmundo Novillo e Eduardo Del Castillo”, escreveu Morales na rede social X.

Líder do partido governista Movimento ao Socialismo (MAS), Morales disse que o veículo em que viajava foi alvejado 14 vezes e que seu motorista foi ferido na cabeça.

No dia anterior, Morales acusou Luis Arce do suposto ataque e, em entrevista à Agência EFE em setembro, garantiu que o governo tinha quatro planos para impedi-lo de se tornar candidato à presidência, incluindo “matá-lo”.

O ataque ao veículo de Morales ocorreu em meio a bloqueios de estradas por parte de seus partidários no centro do país, que há 15 dias exercem pressão em defesa do ex-presidente diante de um possível mandado de prisão por uma investigação de tráfico de pessoas e estupro.

Por sua vez, Arce, que está afastado de Morales desde 2021 devido a uma luta pelo controle do partido governista MAS e do Executivo, ordenou uma investigação sobre os acontecimentos.

“O exercício de qualquer prática violenta na política deve ser condenado e esclarecido. Não é procurando os mortos que os problemas são resolvidos, nem com especulações tendenciosas”, disse Arce.

O mandatário também informou que, “em vista da denúncia feita pelo ex-presidente Morales de um suposto atentado contra sua vida”, ordenou “uma investigação imediata e completa para esclarecer esse fato”.

O líder do MAS insistiu que há um plano para impedi-lo de ser candidato às eleições de 2025, apesar da proibição constitucional de reeleição indefinida na Bolívia, que o desqualificaria para concorrer às eleições.

“As mentiras organizadas pelo governo e sua mídia paga ainda estão tentando desviar a verdade sobre o ataque criminoso que sofremos neste domingo no Trópico, do qual, graças a Deus, conseguimos salvar nossas vidas. Agora ninguém duvida que o ataque foi perpetrado por um grupo de elite de militares e policiais”, disse Morales em sua publicação.

São esperadas para esta segunda-feira manifestações contra o governo por parte de setores simpatizantes de Morales pela suposta “tentativa de assassinato”.

Da mesma forma, em cidades como La Paz, Cochabamba e Santa Cruz, o combustível e alguns produtos de uso diário estão se tornando escassos devido aos bloqueios de estradas por parte dos partidários de Morales, e os setores sociais e de vizinhança pediram a organização de um movimento civil para suspender os bloqueios à força se o governo boliviano não intervier logo.

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