Mundo

Morales celebra recorde na presidência e agradece a Lula

O governante, um crítico ferrenho da economia neoliberal e das políticas dos Estados Unidos, relembrou suas conquistas desde 2006


	Evo Morales, recebe o chanceler francês, Laurent Fabius: Morales lembrou o apoio e os ensinamentos que recebeu desde o início do líder cubano Fidel Castro e dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e dos finados Hugo Chávez, da Venezuela, e Néstor Kirchner, da Argentina
 (AFP)

Evo Morales, recebe o chanceler francês, Laurent Fabius: Morales lembrou o apoio e os ensinamentos que recebeu desde o início do líder cubano Fidel Castro e dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e dos finados Hugo Chávez, da Venezuela, e Néstor Kirchner, da Argentina (AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 21 de outubro de 2015 às 12h01.

Evo Morales celebrou nesta quarta-feira, com um ritual indígena, o recorde como presidente que permaneceu mais tempo no poder na Bolívia, e agradeceu o apoio que recebeu dos ex-presidentes Fidel Castro, Hugo Chávez, Luiz Inácio Lula da Silva e Néstor Kirchner.

No complexo religioso pré-incaico andino de Tiwanaku, o aimara Morales lembrou que, desde a fundação da Bolívia, em 1825, o governante que havia estado por mais tempo no poder havia sido o Marechal Andrés de Santa Cruz, "com 9 anos, 8 meses e 26 dias" entre 1829 e 1839.

"Hoje em dia, esta permanência mais longa foi superada por nós. Por isso estamos aqui para prestar homenagem ao nosso processo de mudança, ao nosso povo e já são 9 anos, 8 meses e 27 dias" na presidência, disse Morales.

O governante, um crítico ferrenho da economia neoliberal e das políticas dos Estados Unidos, relembrou suas conquistas desde que começou, em 2006, com três mandatos consecutivos, e que deve terminar em 2020, embora o governismo já apure uma reforma constitucional para habilitá-lo para outros cinco anos.

Morales lembrou o apoio e os ensinamentos que recebeu desde o início do líder cubano Fidel Castro e dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e dos finados Hugo Chávez, da Venezuela, e Néstor Kirchner, da Argentina.

"Fidel Castro e Hugo Chávez, de Cuba e Venezuela, nos ajudaram bastante com a 'missão milagre' (campanha oftalmológica) e com a alfabetização, isso nos consolidou e nos erguemos", disse.

"Também devo reconhecer a participação de Lula, com suas sugestões, e a participação de Néstor Kirchner, de quem temos muitas lembranças", acrescentou.

O presidente celebrou o fato histórico desde a madrugada, acompanhado por seus ministros, como o das Relações Exteriores, David Choquehuanca, e o da Economia, Luis Acre, que estão com ele desde o primeiro dia em que assumiu a presidência, em 22 de janeiro de 2006.

O discurso oficial foi precedido por uma cerimônia religiosa no complexo de Tiwanaku, 90 km a oeste de La Paz, próximo ao binacional Lago Titicaca, berço da cultura Tiwanaku ou Tiahuanaco, uma das mais longevas da América do Sul e que se desenvolveu aproximadamente entre 1580 antes de Cristo e 1187 depois de Cristo.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaBolíviaEvo MoralesLuiz Inácio Lula da SilvaPersonalidadesPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPT – Partido dos Trabalhadores

Mais de Mundo

Israel e Hezbollah estão a poucos dias de distância de um cessar-fogo, diz embaixador israelense

Exportações da China devem bater recorde antes de guerra comercial com EUA

Yamandú Orsi, da coalizão de esquerda, vence eleições no Uruguai, segundo projeções

Mercosul precisa de "injeção de dinamismo", diz opositor Orsi após votar no Uruguai